Mensagem
aos novos gestores do Maranhão
A presença do gestor na
escola e Gestão presente
(Texto da
professora Assenção Pessoa – Ponto de vista)
Ter
uma presença física na gestão escolar, não quer dizer necessariamente fazer uma
gestão presente. Muitas vezes o gestor pode até está imbuído das melhores
propostas pedagógicas, mas as questões burocráticas, financeiras o absorvem de
forma que, seu trabalho pedagógico fica total ou parcialmente prejudicado.
Então, vem o papel fundamental da presença auxiliar e pedagógica, para fazer
funcionar e cobrir tudo que o gestor geral não dá conta. E, é quando muitos
gestores se pegam sozinhos, pois os auxiliares deixam a desejar quanto toda a
parte pedagógica. Por vários fatores, o gestor auxiliar não faz com eficiência
a parte pedagógica e tentando fazer arranjos, o gestor geral acaba por cometer
várias infrações, que comprometem o aspecto real e pedagógico da aprendizagem
dos alunos.
De
todas as atribuições político-pedagógica do gestor escolar a mais melindrosa é
o fazer pedagógico. Por se tratar de um trabalho democrático no que se confere
aos docentes, discentes e comunidade, fazer uma escola inclusiva, humana,
solidária e que aprova com eficácia e eficiência é um desafio. Um desafio
complicado, pois são mentes diferentes, pensando diferente. O consenso muita
vezes não vem e o gestor tem que tomar posicionamentos. E para não desagradar
algum lado ou pessoa do processo, acaba se eximindo desse papel, que o deixa a
desejar. Esta fraqueza o torna vulnerável sua gestão, pois uma vez percebida,
passa a funcionar com arma a favor de correntes contrárias. E sendo assim, o
gestor geral pode até realizar com eficácia toda a parte administrativa da
escola, mas quando se trata do pedagógico, o trabalho pode ficar quebrado ou
limitado.
No
entanto, quando a presença do auxiliar pedagógico é eficiente, o processo flui
com clareza e com competência. A escola se torna palco de aprendizagem, de
convivência pacífica e de sucesso. Sucesso por que seus alunos conseguem
aprovação com aprendizagem real. Diferente da escola que só aprova para
justificar um perfil desejável pelos índices de avaliação institucional.
É
por isso que, uma gestão só está verdadeiramente presente, quando há uma
interação mútua entre gestor geral e auxiliar, cada um sabendo exatamente o que
vai fazer, sem cobranças sobre competências e funções. Pois ali cada um sabe
sua verdadeira função e conhece até onde vai sua competência.
Além
do mais, deve haver uma cumplicidade e uma relação de confiança. A confiança é
a base para qualquer relacionamento, quer seja de trabalho, quer seja de
amizade, ou outro qualquer.
Estando
esta relação formada, é hora de fazer a dinâmica de grupo acontecer, isto é,
trazer à tona a união, o trabalho coletivo e a responsabilidade de cada um
nessa teia de convivência escolar. É hora de chamar os demais protagonistas:
equipe docente, comunidade, alunos e demais funcionários. É hora de amarra os
acordos e os compromissos.
O
trabalho democrático vem casado com as responsabilidades, funções e compromisso
que cada um assume quando recebe sua nomeação a qual lhe foi destinado por
mérito. O seio escolar deve ser igual ao seio familiar e manter as mesmas
relações que solidificam o amor, a paz e a felicidade.
Uma
escola feliz é uma escola que ensina, que forma e que transforma.
Essa
é uma gestão presente. Necessariamente não se trata da presença física do
gestor geral, mas da presença pedagógica e responsável do trabalho escolar. E
com esta afirmação, não quer dizer que o gestor tenha que ficar em casa, mas não
passando a maior parte do tempo em corredores escolares ou na sala do
professor, que o trabalho pedagógico vai fluir. Lembrando, a gestão trata-se de
uma equipe e não de uma pessoa. Então o gestor tem que uma visão de 180º, para então dar conta tanto dos aspectos
administrativos, financeiros, como do pedagógico, sem perder de vista a equipe
e o trabalho coletivo.
Bom trabalho aos novos gestores da rede
estadual de educação do Maranhão.
Itapecuru Mirim, MA. 19
de dezembro de 2016.
Assenção Pessoa
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