quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

QUER SABER MAIS? ITAPECURU-MIRIM...



FORMAÇÃO DA VILA
                                                               fotos aleatórias - Pç da Cruz


          E finalmente, por provisão Régia de 27 de novembro de 1817, já no governo de D. João VI, Rei e Senhor do Brasil, Portugal e Algarves, fez saber ao Ouvidor da Comarca do Maranhão: “que havia concedido a José Gonçalves da Silva, fidalgo da Casa Real, pela mercê lhe fez, autorização para fundar a sua custa uma vila em Terras que já possuísse na Capitania da Ribeira do Itapecuru”. Atendendo ao pedido desse fidalgo e dos moradores do Itapecuru-Mirim, que lhe representavam, havia por bem sem embargo, de não possuir terreno próprio nesse lugar, então CONSENTIR, que ali verificasse a Vila que devia fundar comprando ou aceitando as Terras necessárias que lhe oferecessem os moradores. ORDENANDO mais ainda que, deveria se instalar ali 30 casais brancos. E assim que aprontassem as casas da Câmara, Cadeia Pública bem como, as Oficinas, seria então fundada a Vila de Itapecuru.

          Em 20 de outubro de 1818, deu-se a solenidade para criação e instalação da Vila de Itapecuru-Mirim, sendo Governador da Província do Maranhão, Paulo José da Silva Gama.  Estava presente, o Desembargador, Ouvidor e Corregedor da Comarca de São Luis do Maranhão, Francisco de Paula Pereira Duarte; o Alcaide-Mor José Gonçalves da Silva, representado por seu procurador, Antonio Gonçalves Machado; o Clero; a Nobreza; o Povo em geral.

            Foi lido em voz alta, a provisão régia de 27 de novembro de 1817, expedida em consequência do Decreto de 14 e junho de 1817, e despachado da mesa do desembargador do Paço, de 24 de novembro do mesmo ano, determinando a Criação da Vila de Itapecuru-Mirim.

          Foi levantado o Pelourinho. Deram vivas do estilo, criaram-se por eleição de Pelouro: dois Juízes ordinários, um Juiz de Órfão, cargos de vereadores e mais Oficiais, na forma da Lei.
Pela provisão Régia de 20 de março de 1820, D. João VI, examinando a representação do Ouvidor, com os autos da criação da vila, aprovou a referida criação, criando imediatamente os Ofícios e a nomeação de dois Tabeliães Públicos Judiciais e de Notas, dois Almotaceis, ficando anexo no primeiro os Ofícios de escrivão de Órfão e no segundo os ofícios de escrivão da Comarca, Almotaçaria e Sisos. E finalmente os Ofícios de Alcaide e seu Escrivão. Ficando nesta data a aprovação e reconhecimento oficial da Vila de Itapecuru-Mirim e desmembramento da cidade de São Luis, nos Postos Legais.
 
(Elevado à categoria de vila com a denominação de Itapecuru-Mirim, pela Provisão Régia de 07-11-1817, alterado pela de 20-10-1818. Desmembrada de São Luís. Constituído do distrito sede.
Não temos a data de instalação.)





PRIMEIROS LIMITES
                                                                   rio Itapecuru


O Desembargador, Ouvidor da Câmara de São Luís, Francisco de Paula Pereira Duarte, em 03 de março de 1819, determinou a Câmara da Vila de Itapecuru-Mirim, que os limites da referida vila fosse “que o referido termo fundasse no rio Itapecuru abaixo no lugar onde findam 15 léguas (15x 6) do Distrito dessa Relação”.
Essa determinação foi cumprida em votação da Câmara, nesta mesma data e aprovada sem contestação na forma da Lei.
Rio acima o limite era Aldeias Altas (ERA território de Caxias)

PRIMEIRA IGREJA CATÓLICA
                                                                 Igreja N. S. das Dores


Em razão da colonização portuguesa, Itapecuru-Mirim, como toda a província do Maranhão, teve a Igreja Católica Apostólica Romana, o ponto mais relevante, na sua formação histórico-social.

 A Capela de Nossa Senhora do Rosário, foi o primeiro marco religioso, desde a Capitania da Ribeira, dada a formação da Freguesia do Itapecuru-Mirim.

O pedido para a construção da capela data de 12 de julho de 1785, ficando paralisado o processo até 1813, quando da iniciativa do Procurador Agostinho Ferreira, e alguns devotos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, se organizaram no sentido de angariar fundos e materiais para construção da referida capela, sobre a forma de doação. Tudo isso se deu com a permissão concedida pelo então vigário Capitular Dr. João de Bastos Oliveira, em 10 de junho de 1816.

A Capela foi inaugurada e benta em 06 de agosto de 1820, pelo Pe. Coadjutor Antonio Rabelo de Mesquita.

                                                                             pedra fundamental da Igreja

A atual Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores surge com marco na história no dia 02 de abril de 1841, dia consagrado por toda igreja católica, “às sete dores da mãe de Cristo, daí a origem do seu nome. Duque de Caxias, por sua passagem na Vila de Itapecuru-Mirim, a primeira pedra fundamental desta igreja. A pedra tinha um palmo e meio, quadrada, e na face superior o ano a as letras L. A. L., iniciais de Luís Alves de Lima, O Duque de Caxias. Atualmente a pedra foi recuperada por Bendito Buzar e está exposta na Casa da Cultura João Silveira, neste município.



                                                casa da Cultura Professor João da Cruz Silveira
                                                                  antiga Cadeia velha

Dizem os mais idosos que no local da onde esta igreja foi construída, era antes o cemitério dos pretos, pois os negros não eram enterrados no mesmo cemitério que os brancos.

  

 Aguardem próximos episódios.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

NOSSA CULTURA, MITOS E LENDAS





A Lenda da Serpente




Contavam nossos antepassados que na localidade chamada Feira, hoje, Itapecuru-Mirim, existiu uma jovem de família pobre que viveu uma grande história de amor. Mas quando engravidou seu namorado não assumiu o amor dos dois, por que, como era de família abastarda, seus pais não aceitaram aquela união. Então a jovem, sendo obrigada a esconder sua gravidez de todos foi com seus pais morar na beira do rio Itapecuru. Seus morrera de tanto desgosto, ficando a jovem sozinha no mundo.

 Assim que a criança nasceu, a jovem pensou em dá-la para uma família, mas se arrependeu. Toda vez que a criança ia dormir, chorava muito com vontade mamar, mas a jovem nunca se levantara à noite para alimentar a criança. Um dia, não pensou duas vezes, e resolveu jogar a criança nas águas do rio Itapecuru sem que ninguém soubesse. Com medo que a criança morresse então a colocou dentro de uma caixa de madeira que flutuava e colocou-a no leito do rio.




Como castigo a criança não morreu, pelo contrário, ela se encantou, transformou-se numa forma diabólica, ou seja, numa enorme serpente de sete cabeças. Seu tamanho era tão grande, que media mais de 500 metros de comprimento. Sua peçonha  podia matar apenas com uma injetada de toxina. Todos os animais primitivos que habitavam nessa região foram devorados pela serpente por sua enorme fome devastadora. Como seu corpo era muito grande, parte dele se perdia na vegetação nativa da região, a ponta da sua calda, a parte mais frágil misturava-se por entre as matas estendendo-se até o rio.

Há quem diga que a igreja da vila, hoje N. S. das Dores, foi construída sob uma parte de sua moradia. Na igreja matriz está o rabo. O corpo passa por baixo do relógio e suas cabeças em baixo da ponte.

Quando o padre foi celebrar a 1ª missa na vila, ainda ao ar livre, onde hoje é a Praça da Cruz, e lá reuniu todos os moradores o padre avisa que ao final da celebração entraria uma criatura, mas que não queria o mal das pessoas. Que ninguém se assustasse, pois esta criatura só queria encontrar sua mãe.

Quando a serpente entrou todos ficaram apavorados ao ver aquela figura diabólica. Ao entrar, começou cheira os pés de todas as mulheres, até encontrar sua mãe. Ela estava tanto medo, pois ali ninguém sabia de sua triste história e nem de sua gravidez.  Mas, que a serpente não a encontrou, pois a mulher fugiu dali e nunca mais se soube notícias dela. Todos ficaram abalados com o que viram e foram para suas casas com muito medo.
A serpente sumiu na mata. Para alguns moradores a serpente não morreu, apenas adormeceu com o próprio veneno, pois picou sua própria cauda, desesperada por não ter encontrado sua mãe. Abriu-se então uma enorme cratera que a engoliu completamente. Depois de certo tempo esta cratera se fechou sem deixar vestígios na mata.

Muitos dizem que a serpente vive até hoje. Está adormecida. Relatam que se alguém tirar a imagem de Nossa Senhora das Dores do seu lugar no altar da igreja, a criatura despertará, a cratera onde está enterrada irá se abrir e a cidade de Itapecuru-Mirim vai desaparecer.



Diz ainda a lenda, que apenas uma vez a sua cauda se mexeu, abalando as paredes da igreja e depois se acomodou caindo novamente em sono profundo. Dizem que se ela voltar a se mexer a torre da igreja cai.

O encanto só termina quando a serpente encontrar sua mãe e mamar no seio dela. 


                                          Fim

FREGUESIA DO ITAPECURU-MIRIM





CRIAÇÃO DA
FREGUESIA DO ITAPECURU-MIRIM
  
Por não conseguir retorno sobre a ordem de fundação da Vila, por quase 50 anos, foi então criada por Provisão Régia de 25 de setembro de 1801, a Freguesia do Itapecuru, sob a invocação de Nossa senhora das Dores. 

Ficando assim a formação administrativa: Distrito criado com a denominação de Itapucuru-Mirim, pela Provisão Régia de 25-09-1801, subordinado ao município de São Luis. (fonte:wilkipedia, internet)

A Capela foi reformada e recuperada às pressas pelos esforços dos fiéis comandados pelo Vigário Francisco José Cabral.

Em 1803. A capitania da Ribeira tinha a seguinte formação:

Ø    Freguesia Nossa Senhora do Rosário, localizada acima da Fortaleza de Itapecuru, subindo o rio. Tinha com povoado visinho pertencente à mesma freguesia, Pai Simão, seguido de São Miguel, habitada por índios Tabajaras e Cahy-Cahy (Caiacaises), já domesticados.

Ø     Freguesia do Itapecuru-Mirim (Arraial/ Feira), desanexado de Nossa Senhora do Rosário em 1795. Tinha com Padroeira, Nossa Senhora das Dores, mantida até os nossos dias. Seu crescimento para a época era fundamental, sendo a atividade do comércio, o setor gerador, bem como, o enriquecimento dos comerciantes. O Sítio urbano ficava localizado bem próximo à linha da margem do rio, cujos limites dessa freguesia chegavam até o lugar chamado de Cachoeira Grande. Essa localidade era o ponto de divisão entre Aldeias Altas (território de  Caxias).

Ø     Freguesia das Aldeias Altas, território de Caxias. Localizada à esquerda do rio.

Ø           Freguesia Trizidela. Próxima a Aldeias Altas, localizada à direita do rio. 

Assim se completava as quatro Freguesias que pertencia a Ribeira do Itapecuru.






Encontre mais sobre a história de Itapecuru-Mirim:
"Um olhar sobre Itapecuru-Mirim, MA." -   no site da fundação VALE 

 wilkipedia, internet
 site do IBGE - MA, BRASIL.
nos sites sobre Itapecuru-Mirim, MA. - Brasil.