sexta-feira, 21 de março de 2014

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ITAPECURU - NOSSA CULTURA, MITOS E LENDAS
                                                                                    Texto de Assenção Pessoa



       Como em todo o território brasileiro, o Maranhão também carrega uma grande herança cultural dos povos que o formou. Entre os diversos aspectos culturais, temos a literatura, a música, a dança, o teatro, as mais diversas formas de arte a culinária, que são a nossa indicação de identidade.



     Entendendo-se que Cultura é o conjunto de tradições, crenças, costumes e hábitos e tudo que envolve a vida de uma nação, estado ou município, e que passa de geração a geração, nós Itapecurueneses somos privilegiados.



    Somos todos frutos da miscigenação dos povos europeus, africanos, e indígenas. Cada um de nós herdou um pouco dessa mistura que teve início a quase quatro séculos. Desses cruzamentos formaram-se os povos mestiços, assim um povo tipicamente maranhense, migrou para Itapecuru-Mirim.

FOLCLORE



       Ao conjunto de lendas, crendices, superstições, cantigas, histórias, danças, festas, etc, conhecimentos que fazem parte da vida de um povo, conservado pela tradição, damos o nome de folclore ou cultura popular. É o nosso jeito de pensar, agir e sentir. Itapecuru-Mirim, tem essa mágica, única de se divertir, manifestar sua alegria, celebrar e agradecer.

FESTAS POPULARES



Festa do Divino Espírito Santo – Foi trazida pela cultura açoriana e que continuou a ser praticada pelos negros e mestiços, e ainda resiste até os dias de hoje. Sendo praticada na Santa Rosa. Nesta festa comemora-se a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus. É representado por uma pombinha branca e o levantamento do Mastro acontece no rufar da caixeiras e entoação de hinos de louvor.



Festas juninas. Manifestação de caráter profano e ao mesmo tempo religioso. No município de Itapecuru-Mirim são homenageados apenas os Santos da igreja Católica: Santo Antônio, São Pedro e São João.


CARNAVAL. Caráter profano. Representa um dos melhores no Maranhão.





DANÇAS POPULARES



Dança do coco -  é uma dança com um tipo de música folclórica, do mesmo nome, com diversas variantes pelo Nordeste brasileiro.


Tambor de Crioula-  Praticada para homenagear São Benedito. Oriunda da África e mantida até os dias atuais em todo o município, mas com maior ascendência na comunidade Felipa, inserida e cadastrada na Fundação Cultural do Maranhão.



São Gonçalo – De origem portuguesa, é praticada para homenagear São Gonçalo, o Santo, que segundo a lenda ajudava mulheres prostitutas a se casarem, organizando bailes públicos, criando a imagem de santo farrista, alegre, tornando-se assim o padroeiro dos boêmios, violeiros e das mulheres da vida.



Bumba-meu-boi, folguedo antigo do Maranhão, em Itapecuru-Mirim, se apresenta em forma de orquestra. É uma cultura resultado da mistura africana, indígena e europeia. É uma forma de teatro musical realizado com harmonia e alegria.



A comunidade do Oitero que antes dava cadência a cultural local, hoje  traz também o Reegae importando da capital São Luís,  para fazer parte do acervo cultural daquela região.



Capoeira – è considerada um jogo, uma dança ou luta, de acordo com o modo de quem a pratica. Uma parte das rodas de capoeira diz que esta forma de dança foi trazida por Zumbi dos Palmares, informação não constatada oficialmente. Após a abolição dos escravos, os negros jogavam capoeira para se divertir e também como uma luta de defesa.



Outras danças mais recentes: Portuguesa, cigana, dança de rua (rip-rop)

FESTAS RELIGIOSAS: São Benedito (1º de janeiro); Paixão de Cristo; Páscoa; Festa da Padroeira Nossa Senhora das Dores; Festa da Cruz; Festa de N. S. da Conceição e Natal.





TEATRO – O teatro de Itapecuru-Mirim vem tentado se afirmar no cenário local, mas a falta de incentivo por diversos setores, impede o desenvolvimento total para esta arte cutural.



LAURENTINO ALVES DOS SANTOS. É o primeiro que se tem conhecimento neste município que trouxe a arte cênica representada por bonecos em palcos que ele mesmo montava. Usava como vestimenta roupas de palhaço, pintava o rosto e usava megafone de lata e ainda agradava as crianças com bombons. Ficou conhecido com “LAURENTINO BONECA”.(Dados fornecido por Zé Paulo)


Por muitos anos TEIT – TEATRO EXPERIENTAL DE ITAPECURU, foi reconhecido e manteve-se atuante. Hoje temos outros grupos de atores a artistas do teatro Itapecuruense fazendo um trabalho rico e muito bonito....

Atualmente temos novos grupos e Companias de teatro se destacando. A exemplo temos o Ator Alisson Rilket.



PONTOS Históricos/TURÍSTICOS


     O turismo em Itapecuru-Mirim, não é muito desenvolvido e divulgado. Mas a cidade tem se desenvolvido no cenário carnavalesco do Maranhão, chegando a ser intitulado, um dos melhores. 


       Mesmo sem muita expressão em relação ao Estado e ao país, Itapecuru apresenta os seguintes pontos turísticos, por sua relevância na história da cidade. 

Veja alguns:

Antiga Cadeia Velha, hoje a Casa da Cultura

Comunidades Negras – Quilombola

 Magnífica –

Fonte da Miquilina – Era uma fonte de água límpida, quase mineral em que as pessoas utilizavam para beber.

Morro do Diogo, onde foi construída a 1ª fazenda de gado. Atualmente, está sendo construído um conjunto habitacional.

Quinta Velha, onde os jesuítas fizeram morada (ano?). Hoje é a sede da AABB.

Igreja N.S. das Dores

Palácio Municipal



CULINÁRIA

Não existem as tradicionais comidas típicas em nosso município, mas tem-se a cultura de preparar pratos deliciosos, tais como: mocotó, sarrabulho, galinha caipira, buchada de bode, arroz de cuxá, baião de dois, feijão com arroz e guisado.

O preparo de alimentos com milho: bolos, mingaus, milho cozido e assado, etc.



ARTES PLÁSTICAS E CERÂMICAS

O município é rico de artesãos, destacando-se por volta de 1990, Álvaro do Nascimento Silva Sampaio, com os trabalhos de decoração em cerâmica e azulejos.

Outras atividades desenvolvidas e organizadas em associações são: bordado, crochê e pintura em tecido; objetos e adereços de palha e cerâmica, confecções de redes manuais, entre outros.

Na pintura em tela temos atualmente se destacando no cenário municipal o artista plástico Beto Diniz.



LITERATURA


A literatura Itapecuruense trouxe grandes personagens influentes na cultura local:


João Francisco Lisboa – Jornalista


Juvenal Nascimento Araújo – Poeta, Militar, Filósofo. Nascido em Itapecuru-Mirim no dia 10 de novembro de 1905, falecendo no Rio de Janeiro. Autor de Castália Iluminada (poesia) e Luar do Maranhão (trovas)


Henrique Leal – Médico e escritor. Antônio Henrique Leal, nasceu na localidade chamada Candiba, em 1828, destacando-se pelo estudo e pesquisa sobre Antônio Francisco Lisboa.


Gomes de Sousa – Matemático. Joaquim Vieira da Silva e Sousa, o Souzinha, nasceu no dia 15 de fevereiro de 1829, na fazenda Conceição. Faleceu na Inglaterra, em Londres, no dia 1º de junho de 1803. Além de Dr. em Ciências Matemáticas e Físicas pelo Rio de Janeiro e em Ciências Médicas em Paris, também recebeu vários outros títulos por sua dedicação e estudos.


Mariana Luz – Poetisa e Professora. Nasceu no dia 10 de dezembro de 1879, na cidade de Itapecuru-Mirim, falecendo em 1960.


João Silveira – Professor

ESCRITORES DA ATUALIDADE COM PUBLICAÇÃO
Assenção Pessoa
Samira Diorama 
Alberto Júnior 
Pe. Meireles
Inaldo Lisboa
Josemar
Benedito Buzar, etc.

Itapecuru-Mirim, já conta com a Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA.



DESTAQUE NA MÚSICA

O município conta com a Escola de Música Joaquim Araújo, hoje bastante comprometida no seu desenvolvimento, por falta de investimentos voltados à cultura do município. Foi fundada em 1989. Fio dirigida pelo maestro Gonçalves Martins e Álvaro do Nascimento. Nos últimos anos foi dirigida pelo músico José Santana.
O cantor de musica erudita Professor Silas tem se destacado no cenário maranhense.



Biblioteca – a primeira biblioteca pública que o município teve foi a Biblioteca Henrique Leal, com um acervo de 1.084 livros. (dados de 1997). Atualmente temos a Biblioteca Benedito Bogéa Buzar.



LENDAS E MITOS

A lenda da Serpente Itapecuruense

Outras lendas: Do Saci-pererê,  mãe d’água, mula sem cabeça, do homem que virava bicho; da mulher que virava uma porca e aterrorizava a cidade.


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Um comentário:

  1. Caríssima confreira e conterrânea, Assenção Pessoa!

    Sua pesquisa dá-nos uma ampla visão das nossas tradições nos vários aspectos sócio culturais de Itapecuru Mirim, nossa terra natal. Parabéns!

    Gostaria de ser incluída na lista de escritores, no seu valioso artigo. No link, (www.beneditaazevedo.com) na sessão de livros à venda DO RECANTO DAS LETRAS podes encontrar alguns dos meus 20 livros publicados e das 65 antologias das quais participei.

    Fraterno abraço
    Benedita Azevedo (Membro efetivo da Academia Itapecuruense de Letras, cadeira 34 - Patrono Zuzu Nahuz)

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