sábado, 6 de fevereiro de 2016

VOCÊ GOSTA DE CARNAVAL? OU NÃO? DE QUALQUER FORMA SAIBA DE ONDE VEIO.



VOCÊ GOSTA DE CARNAVAL? OU NÃO?

DE QUALQUER FORMA SAIBA DE ONDE VEIO.


Carnaval, nome oficial Entrudo
                                                                 Texto de Assenção Pessoa

Bisbilhotando pela internet descobrir algo interessante sobre as origens dessa festa tão tradicional e popular que chamamos de Carnaval. Resolvi então dividir com você, amigo leitor e curioso igual a mim, algumas curiosidades sobre o Carnaval.

palavra carnaval se origina do latim, carnis levale ("carnis", significa carne e "valles", prazeres), cujo significado é retirar a carne. Quer dizer que após o carnaval, as pessoas passavam por um grande período de abstinência e jejum. Para a sua preparação havia uma grande concentração de festejos populares. Cada lugar e região brincava a seu modo e geralmente de uma forma extravagante, de acordo com os costumes de cada região. A palavra "Carnaval" está desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne.

 De onde surgiu?
A História do Carnaval nos reporta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
Na Grécia, surgiu em meados dos anos 600 a 520 a.C.(antes de Cristo). Era uma celebração na qual os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Daí então, passou a ser uma comemoração adotada também pela Igreja Católica em 590 d.C. (depois de Cristo) antes da Quaresma.
Esse período de período de festas eram regidos pelo ano lunar pelo cristianismo na Idade Média.
Na antiga Babilônia, havia duas festas que poderiam ter originado o que hoje chamamos atualmente de carnaval:

A primeira era as Saceias, uma festa onde havia a inversão das posições sociais. O prisioneiro representava por alguns dias a figura do Rei, alimentando-se fartamente como ele, vestindo-se e podendo dormir com as esposas do Rei. Ao final das Saceias o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado (é um método de tortura e execução que consistia na inserção de uma estaca pelo ânus, vagina, ou umbigo até a morte do torturado.).

A segunda festa era um ritual realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera (ou outono), período de comemoração da entrada do ano novo na região. O rito ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas era o fato de está ligado ao caráter, a de subversão de papéis sociais, isto é, a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente aos deuses.

Nos carnavais medievais, no período fértil para a agricultura, homens jovens se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Possivelmente daí a ideia de inversão desses papeis até os dias de hoje, como os homens vestindo-se de mulheres e vice-versa.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seria festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Havia ainda em Roma, as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes se colocando no papel de escravos.

Tais festas eram pagãs e a igreja já não as via com bons olhos. Com o fortalecimento de seu poder, na concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio. E dessa forma o demônio poderia ocupar o lugar de Deus, ficando assim ameaçado o poder da Igreja Católica.

                                          * Ilustração medieval simbolizando um carnaval do período


No período renascentista, cidades italianas, criaram a commedia dell'arte, que eram os teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII.

Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros alegóricos, chamados de trionfi.

Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma espécie de capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

Com a criação da quaresma a igreja resolveu interferir nas comemorações dessas festas. A partir da implantação da Semana Santa, no século XI, antecedida por quarenta dias de jejum, chamados de Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a  Quarta feira de cinzas, o primeiro dia da Quaresma.

Antes o Carnaval tinha a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta feira de cinzas. Atualmente, no Brasil, duram em média cinco dias, com festas ainda na quarta-feira de cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira, Terça-Feira Gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras sinônimo de Carnaval.

O carnaval passou a ser considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. No Brasil, tem sua origem no entrudo português, uma festa de rua, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha, iniciada no período colonial. O entrudo (bonecos gigantes) era praticado pelos escravos e acontecia num período anterior à quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.

Figura importante nos carnavais brasileiros foi a emblemática Chiquinha Gonzaga, a primeira compositora popular do Brasil, autora da primeira marchinha carnavalesca brasileira chamada de “Óh! Abre Alas”. Sendo também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.



Carnaval em São Luís, Maranhão

As primeiras manifestações momescas (Relativo à Momo ou ao carnaval) teriam aparecido em São Luís entre o final do século XVIII e o início do século XIX. E o representante maior das referidas manifestações, principalmente na segunda metade do século XIX, teria sido a brincadeira do Entrudo.

Segundo Carlos Brazil, São Luís, uma cidade histórica, colonial, que mantinha uma bela tradição de Carnaval, chegou a deixar de lado essa tradição por um bom tempo. Até os anos 60, São Luís tinha uma tradição de Carnaval de rua, em que as famílias se reuniam para brincar e dançar nas estreitas vielas do centro histórico. Havia o corso, formado por caminhões e carros que percorriam várias artérias do centro histórico. Mas resgatou o melhor de seu Carnaval a partir da segunda metade dos anos 80.

O Carnaval de São Luís  é marcado por características que se revelam nos batuques, nas brincadeiras e nos personagens que tomam conta das ruas nos dias de folia. Sua dança e a animação ficam garantidas com os sons dos blocos carnavalescos, grupos afros, escolas de samba, bandinhas e charangas. O desfile das escolas de samba de São Luís é tão antigo quanto à do Rio de Janeiro. Antigamente, havia bailes tradicionais em São Luís, que eram feitos em casarões alugados especificamente para essa finalidade. Havia uma série de bailes, em que as mulheres iam mascaradas. Tinham nomes característicos, como o Baile do Bigorrilho, Saravá, Gruta de Satã, Rei Pelé, etc. Na década de 70 esses bailes foram proibidos. Essa tradição também está sendo resgatada.


Em Itapecuru Mirim, os antigos bailes carnavalescos aconteciam na residência de Áurea Helena Nogueira, minha tia por sinal,  e os salões eram enfeitados com bonecos, baianas, tamborins, fofões, mascaradas, Pierrot, Colombinas. Tinha os bailes tradicionais, os vesperais, dois blocos tradicionais do Tusca e Selé. Depois surgiram outros blocos e até uma escola de samba, onda Adalgisa Almeida teve participação memorável. Hoje resiste ainda o bloco dos Piratas e o carnaval de marchinhas na AV. Beira Rio.

E as fantasias? E os reis Momos? Bem, essa é outra história!

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Créditos e referências

Wikipédia, a enciclopédia livre
PINTO, Tales Dos Santos. "História do carnaval e suas origens"; Brasil Escola. Disponível em . Acesso em 04 de fevereiro de 2016
imagens da internet. 




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