sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Um Núcleo chamado Itapecuru-Mirim.



     DE UM NÚCLEO PARA VILA.
(fragmentos) 
Texto de Assenção Pessoa.

Olá, vejam só como aos poucos Itapecuru-Mirim foi criando forma e jeito de vila.
Curta mais um pouco dessa história.

                                                                              Casa de José Matos (foto tirada por A. Pessoa)

A INFLUÊNCIA DOS MISSIONÁRIOS

    No período da colônia a Igreja teve forte influência na construção das cidades, na adaptação dos índios, adestrando-os, domesticando-os e catequizando-os.

      Os primeiros padres missionários chegaram da Europa. Eram da Ordem dos capuchinhos e vieram ainda com os franceses por volta de 1612/1613.

     Com o Maranhão já no domínio português, em 1615, vieram os padres jesuítas, para dar continuidade a catequese dos índios convertendo-os ao cristianismo. Os jesuítas aproveitaram e fundaram as missões. Erguiam capelas pelas aldeias, por onde passavam, seguindo pela Ribeira do Itapecuru, se instalaram no vilarejo Arraial.

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      Em 1679, o Capitão General João de Sousa Soleima, por sua conta, reformou a Fortaleza de Itapecuru, ajudado pelo padre João Avelar. Construíram uma nova capela, para esta capitania subsidiária, diga-se de passagem, era de sua propriedade na época, mas se encontrava em decadência total, pelo abandono da velha Vila de São Jacó, em razão das constantes invasões dos Tapuias, Uruatis e Caiacaizes. 

   No entanto, essas tribos não se permitiam ser catequizadas ou domesticadas. Daí resultando sempre muitos conflitos entre os índio e os brancos portugueses.

Governava o Maranhão na época, Inácio Coelho da Silva.

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    Já em 1682, o Governador do Maranhão Francisco Sá de Meneses, acompanhado por Pascoal Jensen, seguiu pelo Rio Itapecuru, e em sua margem levantou um Forte chamado Santo Cristo da Serra do Corrido, onde havia a antiga Fortaleza do Itapecuru. A pretensão do Governador era restaurar a agricultura decadente e tentar povoar novamente a Ribeira daquele rio, cujos moradores, haviam abandonados seus engenhos devido aos constantes ataques e as invasões indígenas.

    Foi quando Pascoal Jensen cedeu quatro mil cruzados (moeda da época), para as despesas da construção da Casa Forte, única forma de proteção contra aos ataques dos índios. Com essa atitude, diminuiu os conflitos e conseguiu estabelecer uma contato mais consistente entre os índios.

     Com esse feito, Pascoal conquistou um agradecimento oficial da Coroa Real Portuguesa através da Carta Régia, do dia 02 de setembro de 1684.



PRIMEIROS REGISTROS sobre a formação da VILA.

                                                                                       foto de A. Pessoa


     O rio Itapecuru, juntamente com os rios São Francisco e Parnaíba, já eram utilizados na época para envio de embarcações com tripulações que levavam entre outras coisas, troca de correspondências entre os Governadores da Bahia, D. João Lancastro, e do Maranhão, Antonio de Albuquerque. 

     Acredita-se que os primeiros registros em direção à formação da Vila Itapecuru-Mirim, se deram por meio de uma dessas rotas de navegação, no sentido inverso das descritas. 

     Outra forma, foi com a chegada dos povos do sertão, haja vista que Caxias, Codó (cidades à margem do rio) e outras como, Pastos Bons tiveram esta formação colonial.

     Já no governo de Bernardo Pereira de Barreto e Castro em 1719 foram originadas quatro “Entradas”, sendo a primeira delas sob o próprio comando do Governador, aos sertões de Icatu (pelo rio Munim), Itapecuru e Mearim, a pretexto de castigar os Tapuias (Barbados), que não se permitiam catequizar.

Entradas – expedições de caráter militar, organizado pelo governo, para desbravar os sertões brasileiros, garimpar riquezas e escravizar os índios.

  Por hoje é só. Em breve, mais curiosidades sobre a História de Itapecuru-Mirim.

                                 foto dos babaçuais de Itapecuru-Mirim, Ma. Brasil. (A.Pessoa)

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