DE UM NÚCLEO PARA VILA.
(fragmentos)
Texto de Assenção Pessoa.
Olá, vejam só como aos poucos Itapecuru-Mirim foi criando forma e jeito de vila.
Curta mais um pouco dessa história.
Casa de José Matos (foto tirada por A. Pessoa)
A INFLUÊNCIA DOS MISSIONÁRIOS
No período da colônia a
Igreja teve forte influência na construção das cidades, na adaptação dos
índios, adestrando-os, domesticando-os e catequizando-os.
Os primeiros padres
missionários chegaram da Europa. Eram da Ordem dos capuchinhos e vieram ainda
com os franceses por volta de 1612/1613.
Com o Maranhão já no domínio
português, em 1615, vieram os padres jesuítas, para dar continuidade a catequese
dos índios convertendo-os ao cristianismo. Os jesuítas aproveitaram e fundaram as
missões. Erguiam capelas pelas aldeias, por onde passavam, seguindo pela
Ribeira do Itapecuru, se instalaram no vilarejo Arraial.
.........
Em 1679, o Capitão
General João de Sousa Soleima, por sua conta, reformou a Fortaleza de
Itapecuru, ajudado pelo padre João Avelar. Construíram uma nova capela, para esta capitania
subsidiária, diga-se de passagem, era de sua propriedade na época, mas se encontrava em decadência
total, pelo abandono da velha Vila de São Jacó, em razão das constantes
invasões dos Tapuias, Uruatis e Caiacaizes.
No entanto, essas tribos não se
permitiam ser catequizadas ou domesticadas. Daí resultando sempre muitos conflitos entre os índio e os brancos portugueses.
Governava o Maranhão na
época, Inácio Coelho da Silva.
.......
Já em 1682, o Governador
do Maranhão Francisco Sá de Meneses, acompanhado por Pascoal Jensen, seguiu
pelo Rio Itapecuru, e em sua margem levantou um Forte chamado Santo Cristo da
Serra do Corrido, onde havia a antiga Fortaleza do Itapecuru. A pretensão do
Governador era restaurar a agricultura decadente e tentar povoar novamente a
Ribeira daquele rio, cujos moradores, haviam abandonados seus engenhos devido aos
constantes ataques e as invasões indígenas.
Foi quando Pascoal Jensen cedeu
quatro mil cruzados
(moeda da época), para as despesas da construção da Casa Forte, única forma de
proteção contra aos ataques dos índios. Com essa atitude, diminuiu os conflitos e conseguiu estabelecer uma contato mais consistente entre os índios.
Com esse feito, Pascoal conquistou um agradecimento oficial da
Coroa Real Portuguesa através da Carta Régia, do dia 02 de setembro de 1684.
PRIMEIROS REGISTROS sobre a formação da VILA.
O rio Itapecuru,
juntamente com os rios São Francisco e Parnaíba, já eram utilizados na época para
envio de embarcações com tripulações que levavam entre outras coisas, troca de
correspondências entre os Governadores da Bahia, D. João Lancastro, e do
Maranhão, Antonio de Albuquerque.
Acredita-se que os primeiros registros em
direção à formação da Vila Itapecuru-Mirim, se deram por meio de uma dessas
rotas de navegação, no sentido inverso das descritas.
Outra forma, foi com a
chegada dos povos do sertão, haja vista que Caxias, Codó (cidades à margem do
rio) e outras como, Pastos Bons tiveram esta formação colonial.
Já no governo de
Bernardo Pereira de Barreto e Castro em 1719 foram originadas quatro “Entradas”,
sendo a primeira delas sob o próprio comando do Governador, aos sertões de
Icatu (pelo rio Munim), Itapecuru e Mearim, a pretexto de castigar os Tapuias
(Barbados), que não se permitiam catequizar.
Entradas – expedições
de caráter militar, organizado pelo governo, para desbravar os sertões
brasileiros, garimpar riquezas e escravizar os índios.
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foto dos babaçuais de Itapecuru-Mirim, Ma. Brasil. (A.Pessoa)
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