terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A HISTÓRIA CONTINUA, ITAPECURU...





                                          
                                                                              A RIBEIRA DO ITAPECURU


                                                                                           Texto de Assenção Pessoa

   A PARTICIPAÇÃO INDÍGENA NA FORMAÇÃO DA CIDADE DE ITAPECURU-MIRIM

      A Ribeira do Itapecuru era ocupada por duas tribos indígenas: 

A dos Barbados (derivativo por usarem a barba grande), que viviam nas terras que também eram chamadas de Barbados (Hoje, São João dos Campos dos Pombinhos, município de Cantanhede). Os Barbados viviam à margem do rio Mearim, no Maranhão. 

A dos Tapuias, localizada no lugar conhecido atualmente por Morro do Diogo, situado há 3 km do vilarejo que seria a cidade de Itapecuru-Mirim, nos limites do perímetro urbano. (Com o desenvolvimento da localidade e a extensão populacional, o local se transformou num conjunto habitacional, num bairro próspero de Itapecuru-Mirim). 

 * Morro do Diogo, para alguns historiadores, em homenagem a Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru, e também ao chefe, Diogo Felipe, espanhol criador da primeira fazenda de gado, ali residentes. Essa localidade também foi ponto estratégico na guerra da Balaiada, seus líderes e seus aliados.

     Em 1649, os índios Tapuias Uruatis, ainda não domesticados, sob a chefia de Botiram, assaltaram um dos engenhos do Itapecuru, resultando no falecimento dos padres jesuítas, Francisco Pires e Manoel Muniz e do religioso Gaspar Fernandes.

      Com a chegada de novos colonos portugueses, os índios foram forçados a se deslocaram para diferentes pontos do interior da Ribeira, iniciando-se assim com os novos ocupantes, a formação do vilarejo. Um processo lento, onde os colonos se localizaram no Arraial, depois “Feira”, a 1 Km do Rio Itapecuru.
 

ASPECTOS CULTURAIS DOS ÍNDIOS Tabajaras, os Cahy-Cahy (Caiacaizes), os Barbados.

        Na Agricultura: Cultivavam:
* Amanim (algodão), cujos pés eram podados de seis em seis meses. Com os fios de algodão teciam suas uni (redes de dormir) e suas puçá (redes de pescar).
Avati (milho), cultivado em pequena quantidade/escala do qual era feito o “cauin”, espécie de beberagem.
* Mandioca, da qual produziam uma bebida chamada de caracu.
* Macacheira, da qual produziam a bebida cauim-eté.

Religião.
Os Pajés eram feiticeiros e mandeiros, nunca sacerdotes. Tupã personificava o Bem e Jeropari, o Mal.
Na sua crença, os índios bons que morriam, iriam para além das montanhas, onde viveriam cantando e dançando, enquanto os covardes e traçoeiros, após a morte seriam eternamente atormentados por Anhanguá, que era a segunda pessoa de Jeropari.
O trovão era a voz de Tupã.

CARACTERÍSTICAS ANTROPOLÓGICAS
Esses índios, após matarem seus inimigos por vingança de seus antepassados ou irmãos, não os comiam tão gulosamente como os tapis. Primeiro cevavam, para depois, despelados e cortados em pedaço, assados e mosqueados, comerem. Contudo vomitavam por não suportar a carne humana. (ver outras literaturas)
 

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