Texto de Assenção Pessoa
Foto aleatória - Estação de trem atualmente
DIFICULDADES PARA
FIXAÇÃO DOS COLONIZADORES NA TERRA
Pelos arquivos e
pesquisas, as principais dificuldades encontradas pelos colonizadores para
conquista, dominação e fixação nas Terras situadas as margens do Itapecuru, chamadas
de Ribeira do Itapecuru, entre as quais, se encontravam o sítio onde hoje se
localiza a cidade de Itapecuru-Mirim, foram:
Ø Sucessivos
ataques pelos indígenas;
Ø Desinteresse
dos dirigentes das Capitanias Subsidiárias do Itapecuru, pertencente à Coroa Portuguesa;
Ø Incerteza
e medo da população para fixar moradia, devido a ataques violentos dos índios,
tendo em vista a não dominação desses tipos indígenas;
Ø Uma
grande epidemia de varíola em 1788, que reduziu a população do Estado e
principalmente da Ribeira do Itapecuru;
Ø As
grandes enchentes do rio em 1788, inundando campos e povoações, numa extensão
de duas léguas, o equivalente a 12 km, expulsando os moradores e destruindo
habitações;
Ø O
alto preço dos escravos e as constantes execuções dos mesmos;
Ø O
preço do algodão devido sua inadequação com a moeda vigente;
Ø A
forma de cobrança dos dízimos, que era da produção já beneficiada
(industrializada) e que era o principal suporte para a própria colonização
concentrada.
Pç da Cruz atualmente.
PRIMEIRA REFERÊNCIA
HISTÓRICA SOBRE A POVOAÇÃO DE ITAPECURU-MIRIM
Com o passar dos anos,
os colonos foram deixando o núcleo Arraial/ Feira e mudou-se para a margem do
rio Itapecuru (Ribeira), onde fundaram um núcleo e que deu origem à cidade de
Itapecuru-Mirim.
A primeira referência
histórica sobre Itapecuru-Mirim, que se tem registro data de 25 de agosto de
1768, para a formação desta nova localidade. Foi quando o Rei de Portugal, D.
José comunicou ao Governador do Maranhão que tinha recebido dos moradores da
Ribeira do Itapecuru, pedido para expedir um alvará de confirmação da vila,
datado de 12 de setembro de 1767, o qual dizia ter sido a mesma fundada, por
ordem régia, pelo Desembargador Manoel Sarmento.
D. José, nessa
comunicação ordenava ao Governador do Maranhão Joaquim de Melo Povoas que procurasse
o então Procurador da Fazenda e do Ouvidor. Ouvisse seu parecer e depois lhe
enviasse um documento onde citava a autorização para e criação da Vila de
Itapecuru-Mirim.
Sobre este fato
histórico, Segundo César Marcos, em seu “Dicionário
Geográfico e Histórico do Maranhão” e Marques,1970,
p 413, fazem a seguinte transcrição:
“Em
25 de agosto de 1768, El-Rei D. José fez saber ao Governador do Maranhão que os
moradores da Ribeira do Itapecuru-Mirim lhe pediram em 12 de setembro de1767, o
Alvará de Confirmação da Vila que ali fundara por Ordem Régia, o Desembargador
Manoel Sarmento. E das Terras e privilégios concedidos nessa ocasião, ordenava
que ouvido o parecer do Procurador da Fazenda, e do Ouvidor, por escrito lhe
enviasse a ordem de tal criação”.
Em cumprimento às
ordens do Rei, o Governador, em 06 de agosto de 1769 informou que “nunca houvera ordem de Sua Majestade para
criar aquela vila, porém faço saber ao Rei a importância dessa Criação. Por
ser a Ribeira do Itapecuru bem povoada e com moradores capazes de ocupar cargos
públicos, exigidos por esta Coroa”.
(Sem andamento, a criação da vila ficou por quase 50 anos no esquecimento).
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