FORMAÇÃO
DA VILA
fotos aleatórias - Pç da Cruz
E finalmente,
por provisão Régia de 27 de novembro de 1817,
já no governo de D. João VI, Rei e Senhor do
Brasil, Portugal e Algarves, fez saber ao Ouvidor da Comarca do Maranhão: “que havia concedido a José Gonçalves da Silva, fidalgo da Casa
Real, pela mercê lhe fez, autorização para fundar a sua custa uma vila em
Terras que já possuísse na Capitania da Ribeira do Itapecuru”. Atendendo ao
pedido desse fidalgo e dos moradores do Itapecuru-Mirim, que lhe representavam,
havia por bem sem embargo, de não possuir terreno próprio nesse lugar, então CONSENTIR,
que ali verificasse a Vila que devia fundar comprando ou aceitando as Terras
necessárias que lhe oferecessem os moradores. ORDENANDO mais ainda que, deveria
se instalar ali 30 casais brancos. E assim que aprontassem as casas da Câmara, Cadeia Pública bem como, as
Oficinas, seria então fundada a Vila de Itapecuru.
Em
20 de outubro de 1818, deu-se
a solenidade para criação e instalação da Vila de Itapecuru-Mirim, sendo
Governador da Província do Maranhão, Paulo José da Silva Gama. Estava presente, o Desembargador, Ouvidor e
Corregedor da Comarca de São Luis do Maranhão, Francisco de Paula Pereira
Duarte; o Alcaide-Mor José Gonçalves da Silva, representado por seu procurador,
Antonio Gonçalves Machado; o Clero; a Nobreza; o Povo em geral.
Foi
lido em voz alta, a provisão régia de 27 de novembro de 1817, expedida em
consequência do Decreto de 14 e junho de 1817, e despachado da mesa do
desembargador do Paço, de 24 de novembro do mesmo ano, determinando a Criação
da Vila de Itapecuru-Mirim.
Foi
levantado o Pelourinho.
Deram vivas do estilo, criaram-se por eleição de Pelouro: dois Juízes ordinários, um Juiz de Órfão,
cargos de vereadores e mais Oficiais, na forma da Lei.
Pela
provisão Régia de 20 de
março de 1820, D. João VI, examinando a representação do Ouvidor, com os
autos da criação da vila, aprovou a referida criação, criando imediatamente os
Ofícios e a nomeação de dois Tabeliães Públicos Judiciais e de Notas, dois Almotaceis, ficando anexo
no primeiro os Ofícios de escrivão de Órfão e no segundo os ofícios de escrivão
da Comarca, Almotaçaria
e Sisos. E finalmente os Ofícios de Alcaide e seu Escrivão. Ficando nesta data
a aprovação e
reconhecimento oficial da Vila de Itapecuru-Mirim e desmembramento da cidade de
São Luis, nos Postos Legais.
(Elevado à categoria de vila com a denominação de Itapecuru-Mirim, pela Provisão Régia de 07-11-1817, alterado pela de 20-10-1818. Desmembrada de São Luís. Constituído do distrito sede.
Não temos a data de instalação.)
PRIMEIROS
LIMITES
rio Itapecuru
O
Desembargador, Ouvidor da Câmara de São Luís, Francisco de Paula Pereira
Duarte, em 03 de março de 1819, determinou a Câmara da Vila de Itapecuru-Mirim,
que os limites da referida vila fosse “que o referido termo fundasse no rio
Itapecuru abaixo no lugar onde findam 15 léguas (15x 6) do Distrito dessa Relação”.
Essa
determinação foi cumprida em votação da Câmara, nesta mesma data e aprovada sem
contestação na forma da Lei.
Rio acima o limite era Aldeias Altas
(ERA território de Caxias)
PRIMEIRA
IGREJA CATÓLICA
Igreja N. S. das Dores
Em
razão da colonização portuguesa, Itapecuru-Mirim, como toda a província do
Maranhão, teve a Igreja Católica Apostólica Romana, o ponto mais relevante, na
sua formação histórico-social.
A
Capela de Nossa Senhora do Rosário, foi o primeiro marco religioso, desde a Capitania
da Ribeira, dada a formação da Freguesia do Itapecuru-Mirim.
O
pedido para a construção da capela data de 12 de julho de 1785, ficando
paralisado o processo até 1813, quando da iniciativa do Procurador Agostinho
Ferreira, e alguns devotos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, se
organizaram no sentido de angariar fundos e materiais para construção da
referida capela, sobre a forma de doação. Tudo isso se deu com a permissão
concedida pelo então vigário Capitular Dr. João de Bastos Oliveira, em 10 de
junho de 1816.
A
Capela foi inaugurada e benta em 06 de agosto de 1820, pelo Pe. Coadjutor Antonio Rabelo
de Mesquita.
pedra fundamental da Igreja
A
atual Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores surge com marco na história no dia
02 de abril de 1841, dia consagrado por toda igreja católica, “às sete dores da
mãe de Cristo, daí a origem do seu nome. Duque de Caxias, por sua passagem na
Vila de Itapecuru-Mirim, a primeira pedra fundamental desta igreja. A pedra tinha um palmo e meio,
quadrada, e na face superior o ano a as letras L. A. L., iniciais de Luís Alves
de Lima, O Duque de Caxias. Atualmente a pedra foi recuperada por Bendito Buzar
e está exposta na Casa da Cultura João Silveira, neste município.
casa da Cultura Professor João da Cruz Silveira
antiga Cadeia velha
Dizem
os mais idosos que no local da onde esta igreja foi construída, era antes o
cemitério dos pretos, pois os negros não eram enterrados no mesmo cemitério que
os brancos.
Aguardem próximos episódios.
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