ITAPECURU - NOSSA CULTURA, MITOS E LENDAS
Texto de Assenção Pessoa
Como em todo o território brasileiro, o
Maranhão também carrega uma grande herança cultural dos povos que o formou.
Entre os diversos aspectos culturais, temos a literatura, a música, a dança, o
teatro, as mais diversas formas de arte a culinária, que são a nossa indicação
de identidade.
Entendendo-se que Cultura é o conjunto
de tradições, crenças, costumes e hábitos e tudo que envolve a vida de uma
nação, estado ou município, e que passa de geração a geração, nós
Itapecurueneses somos privilegiados.
Somos todos frutos da miscigenação dos
povos europeus, africanos, e indígenas. Cada um de nós herdou um pouco dessa
mistura que teve início a quase quatro séculos. Desses cruzamentos formaram-se
os povos mestiços, assim um povo tipicamente maranhense, migrou para
Itapecuru-Mirim.
FOLCLORE
Ao conjunto de lendas, crendices,
superstições, cantigas, histórias, danças, festas, etc, conhecimentos que fazem
parte da vida de um povo, conservado pela tradição, damos o nome de folclore ou
cultura popular. É o nosso jeito de pensar, agir e sentir. Itapecuru-Mirim, tem
essa mágica, única de se divertir, manifestar sua alegria, celebrar e
agradecer.
FESTAS POPULARES
Festa do Divino Espírito Santo – Foi trazida pela cultura açoriana
e que continuou a ser praticada pelos negros e mestiços, e ainda resiste até os
dias de hoje. Sendo praticada na Santa Rosa. Nesta festa comemora-se a descida
do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus. É representado por uma pombinha
branca e o levantamento do Mastro acontece no rufar da caixeiras e entoação de
hinos de louvor.
Festas juninas. Manifestação de caráter profano e ao mesmo tempo
religioso. No município de Itapecuru-Mirim são homenageados apenas os Santos da
igreja Católica: Santo Antônio, São Pedro e São João.
CARNAVAL. Caráter profano. Representa um dos melhores no Maranhão.
DANÇAS POPULARES
Dança do coco - é uma dança com um tipo de música folclórica,
do mesmo nome, com diversas variantes pelo Nordeste brasileiro.
Tambor de Crioula- Praticada para homenagear São Benedito.
Oriunda da África e mantida até os dias atuais em todo o município, mas com
maior ascendência na comunidade Felipa, inserida e cadastrada na Fundação
Cultural do Maranhão.
São Gonçalo – De origem portuguesa, é
praticada para homenagear São Gonçalo, o Santo, que segundo a lenda ajudava
mulheres prostitutas a se casarem, organizando bailes públicos, criando a
imagem de santo farrista, alegre, tornando-se assim o padroeiro dos boêmios,
violeiros e das mulheres da vida.
Bumba-meu-boi, folguedo antigo do Maranhão, em Itapecuru-Mirim, se apresenta em forma de orquestra. É uma cultura
resultado da mistura africana, indígena e europeia. É uma forma de teatro
musical realizado com harmonia e alegria.
A comunidade do Oitero que antes dava
cadência a cultural local, hoje traz
também o Reegae importando da capital São Luís, para fazer parte do acervo cultural daquela
região.
Capoeira – è considerada um jogo, uma
dança ou luta, de acordo com o modo de quem a pratica. Uma parte das rodas de
capoeira diz que esta forma de dança foi trazida por Zumbi dos Palmares,
informação não constatada oficialmente. Após a abolição dos escravos, os negros
jogavam capoeira para se divertir e também como uma luta de defesa.
Outras danças mais recentes: Portuguesa,
cigana, dança de rua (rip-rop)
FESTAS RELIGIOSAS: São Benedito (1º de
janeiro); Paixão de Cristo; Páscoa; Festa da Padroeira Nossa Senhora das Dores;
Festa da Cruz; Festa de N. S. da Conceição e Natal.
TEATRO – O teatro de Itapecuru-Mirim vem
tentado se afirmar no cenário local, mas a falta de incentivo por diversos
setores, impede o desenvolvimento total para esta arte cutural.
LAURENTINO ALVES DOS SANTOS. É
o primeiro que se tem conhecimento neste município que trouxe a arte cênica
representada por bonecos em palcos que ele mesmo montava. Usava como vestimenta
roupas de palhaço, pintava o rosto e usava megafone de lata e ainda agradava as
crianças com bombons. Ficou conhecido com “LAURENTINO BONECA”.(Dados fornecido por Zé Paulo)
Por muitos anos TEIT – TEATRO
EXPERIENTAL DE ITAPECURU, foi reconhecido e manteve-se atuante. Hoje temos
outros grupos de atores a artistas do teatro Itapecuruense fazendo um trabalho
rico e muito bonito....
Atualmente temos novos grupos e Companias de teatro se destacando. A exemplo temos o Ator Alisson Rilket.
Atualmente temos novos grupos e Companias de teatro se destacando. A exemplo temos o Ator Alisson Rilket.
PONTOS Históricos/TURÍSTICOS
O turismo em Itapecuru-Mirim,
não é muito desenvolvido e divulgado. Mas a cidade tem se desenvolvido no
cenário carnavalesco do Maranhão, chegando a ser intitulado, um dos melhores.
Mesmo sem muita expressão em
relação ao Estado e ao país, Itapecuru apresenta os seguintes pontos
turísticos, por sua relevância na história da cidade.
Veja alguns:
Antiga Cadeia Velha, hoje a
Casa da Cultura
Comunidades Negras –
Quilombola
Magnífica –
Fonte da Miquilina – Era uma
fonte de água límpida, quase mineral em que as pessoas utilizavam para beber.
Morro do Diogo, onde foi construída
a 1ª fazenda de gado. Atualmente, está sendo construído um conjunto
habitacional.
Quinta Velha, onde os
jesuítas fizeram morada (ano?). Hoje é a sede da AABB.
Igreja N.S. das Dores
Palácio Municipal
CULINÁRIA
Não existem as tradicionais
comidas típicas em nosso município, mas tem-se a cultura de preparar pratos
deliciosos, tais como: mocotó, sarrabulho, galinha caipira, buchada de bode,
arroz de cuxá, baião de dois, feijão com arroz e guisado.
O preparo de alimentos com
milho: bolos, mingaus, milho cozido e assado, etc.
ARTES PLÁSTICAS E CERÂMICAS
O município é rico de
artesãos, destacando-se por volta de 1990, Álvaro do Nascimento Silva Sampaio,
com os trabalhos de decoração em cerâmica e azulejos.
Outras atividades
desenvolvidas e organizadas em associações são: bordado, crochê e pintura em
tecido; objetos e adereços de palha e cerâmica, confecções de redes manuais,
entre outros.
Na pintura em tela temos
atualmente se destacando no cenário municipal o artista plástico Beto Diniz.
LITERATURA
A literatura Itapecuruense
trouxe grandes personagens influentes na cultura local:
João Francisco Lisboa –
Jornalista
Juvenal Nascimento Araújo –
Poeta, Militar, Filósofo. Nascido em Itapecuru-Mirim no dia 10 de novembro de
1905, falecendo no Rio de Janeiro. Autor de Castália Iluminada (poesia) e Luar do
Maranhão (trovas)
Henrique Leal – Médico e
escritor. Antônio Henrique Leal, nasceu na localidade chamada Candiba, em 1828,
destacando-se pelo estudo e pesquisa sobre Antônio Francisco Lisboa.
Gomes de Sousa – Matemático.
Joaquim Vieira da Silva e Sousa, o Souzinha, nasceu no dia 15 de fevereiro de
1829, na fazenda Conceição. Faleceu na Inglaterra, em Londres, no dia 1º de
junho de 1803. Além de Dr. em Ciências Matemáticas e Físicas pelo Rio de
Janeiro e em Ciências Médicas em Paris, também recebeu vários outros títulos
por sua dedicação e estudos.
Mariana Luz – Poetisa e
Professora. Nasceu no dia 10 de dezembro de 1879, na cidade de Itapecuru-Mirim,
falecendo em 1960.
João Silveira – Professor
ESCRITORES DA ATUALIDADE COM PUBLICAÇÃO
Assenção Pessoa
Samira Diorama
Alberto Júnior
Pe. Meireles
Inaldo Lisboa
Josemar
Benedito Buzar, etc.
Itapecuru-Mirim, já conta com a Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA.
Pe. Meireles
Inaldo Lisboa
Josemar
Benedito Buzar, etc.
Itapecuru-Mirim, já conta com a Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA.
DESTAQUE NA MÚSICA
O município conta com a
Escola de Música Joaquim Araújo, hoje bastante comprometida no seu
desenvolvimento, por falta de investimentos voltados à cultura do município.
Foi fundada em 1989. Fio dirigida pelo maestro Gonçalves Martins e Álvaro do
Nascimento. Nos últimos anos foi dirigida pelo músico José Santana.
O cantor de musica erudita Professor Silas tem se destacado no cenário maranhense.
Biblioteca – a primeira
biblioteca pública que o município teve foi a Biblioteca Henrique Leal, com um
acervo de 1.084 livros. (dados de 1997). Atualmente temos a Biblioteca Benedito Bogéa Buzar.
LENDAS E MITOS
A lenda da Serpente Itapecuruense
Outras lendas: Do Saci-pererê, mãe d’água, mula sem cabeça, do homem que
virava bicho; da mulher que virava uma porca e aterrorizava a cidade.
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