segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

POEMAS SOLITÁRIOS - AMANHÃ – A-MÃE-NHÁ

                                     



                                              AMANHÃ – A-MÃE-NHÁ 
(DE: Assenção Pessoa)


Ama(Nhá)
Nhanhã! Nhanhã!
Ama nessa manhã
Com manha,
E sabor de hortelã.

Ama(Anhã).
A ama que cuida.
Oh, Anhã! Oh, Anhá!
Que ama e protege
Com essência e louçã.

Nhá de Nhazinha,
Que se completa no amanhã,
Oh! Singular flor de laranjeira!
Mãe, que desabrocha toda manhã.
Minha Nhá, minha Nhanhã,
Minha Anhá - Anhã!


Destaque sobre este poema: Poema em homenagem à minha Mãe que recebe o apelido carinho de Nhazinha.
No poema eu a comparo ao espírito Anhã protetor dos animais, pois, como mãe, protege seus filhos com afeto.
A comparo também, a uma flor de laranjeira que desabrocha toda manhã.
Para mim Nhá (minha mãe) é promessa de um porvir, um vindouro horizonte, daí ser comparada com o amanhã.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Indolência Política





Indolência Política


Maria se candidatou ao cargo de vereadora. Fez sua campanha com os poucos recursos que tinha. No entanto, acreditava que podia ganhar as eleições com um trabalho honesto, sem compra de votos e sem prometer os absurdos a que os maus políticos se comprometem. Tinha feito um bom trabalho na educação, pois era uma excelente professora. Maria pensou que seus alunos poderiam votar nela. A família de seus alunos poderia acreditar no seu discurso.  Pensou que seus colegas de trabalho, amigos, parentes mais próximos poderiam votar nela. Afinal, Maria tinha um plano consistente de trabalho, dentro da realidade de seu município: um plano capaz de impulsionar a Câmara de Vereadores para ter um novo olhar para os problemas de sua cidade.

Maria acreditou no valor do trabalho prestado, na amizade, no companheirismo, nos laços familiares.

E foi fazendo sua campanha. Seu discurso empolgava a todos. Recebia elogios. Palmas. As pessoas gostavam de suas propostas.

Mas o que Maria não sabia era que as pessoas não votavam por propostas. Entre propostas, amizades, parentescos e compra de votos, as pessoas ficam com a última opção.

Cerca de 78% do eleitorado não tem o menor interesse por trabalho prestado, belos discursos, compromisso com o trabalho. E vão votando: uns por dinheiro, outros por propostas de emprego, materiais de construção, os mais absurdos “presentes”; e ainda, por amizade, afinidade ou protestos, ainda que esse “protesto” prejudique o desenvolvimento de sua cidade. Por exemplo, votar em um candidato sem instrução, alcoólatra, analfabeto político, somente para demonstrar descontentamento com a atual administração. É a sociedade corrompida de forma generalizada e desacreditada também por políticos e empresários corruptos que vivem à custa da ignorância de um povo simples, humilde e trabalhador.

E, por aí vai... As inúmeras causas para se votar em alguém candidatam a vereador, deputado, prefeito, governador, senador.

Maria pensava que estava fazendo tudo certinho. Fez caminhada. Muitas caminhadas. Visitas. Bateu de porta em porta. Vendendo propostas. Vendendo sonhos. Vendendo esperanças.

Discursos em palanques. Não promoveu falácia. Mas, a fala de alguém que acreditava que poderia mudar e contribuir para melhorar a qualidade de vida dos munícipes. Mudar o pensamento retrógrado do eleitor corrupto. Mas discurso de palanque não promove votos, a triste realidade está por traz dos palanques, além do que sai dos discursos. É preciso ler e compreender nas entrelinhas da politiquice.

Juntou umas cinquenta pessoas para lhe ajudar neste processo. Trabalho voluntário. Mas estas pessoas também não estavam interessadas nos ideais políticos de Maria. Aceitou o trabalho voluntário, mas ganha por fora para pedir voto para outro candidato.

Sua decepção foi tão grande que quando saiu o resultado das eleições, Maria sentiu-se traída. Traída no seu discurso, nos seus ideais, nas suas propostas.

Viu sua ingenuidade política frágil e sem sucesso cair no descrédito dos eleitores que ela julgava votar na sua pessoa, pois foi o que haviam prometido, mas, a compra de voto fala com mais eloquência.

Ah! Maria! Quanta ingenuidade!

As coisas neste país não mudam. Eleição é um caso sério. O próprio eleitor gosta de ser enganado e se corrompe por qualquer coisa. Ele sabe que não haverá mudança real. O eleitor não acredita no candidato. Então se aproveita logo da situação e se apropria ao máximo dela.  

Os candidatos sério que concorrem às eleições, têm suas chances resumidas, diria, ínfima. Os que conseguem vencer são castrados quando tentam realizar um trabalho digno, em prol do bem comum. E a classe de políticos corruptos eleitos ainda consegue jogar com a opinião pública contra este político sério, responsável e comprometido com os interesses sociais relevantes.

Esse é o quadro onde políticos como Maria, não têm oportunidades. As eleições estão chegando. Pense antes de decretar seu veredicto e promover mais quatro anos de atraso e corrupção.

A seguir fique com as imagens do que pode está sendo promovido por eleitores interesseiros, ignorantes ou também corruptos:


Estradas vicinais sem condição de tráfego 



Lixões entupindo igarapés, campos e baixos para depois promover enchentes e desabrigos 



Mais lixões a céu aberto promovendo doenças




Promoção de queimadas



Rio poluído



Ruas, Ambientes desportivos, Escolas, Praças abandonadas

     

Boas eleições em 2016.


Texto da professora Assenção Pessoa, membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes.

                                 


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

POEMAS SOLITÁRIOS - MULHER



POEMAS SOLITÁRIOS
de Assenção Pessoa




CRISE EXISTENCIAL

Sou mulher
Sou metáfora
E na penumbra
Na solidão,
Cruel mártir da vida,
Sou fera ferida
Que se deslumbra
E sente
O peso da partida.
Ilusão.

Sou mulher,
Sou peso,
Na consciência.
Sou extradição.
Maldição,
Imperfeição,
Sou morte em vida.
Em conflitos. Tolices.

E renascendo
Sou colibri
Sou Fênix
Morro e renasço por ti.





MULHER

Ao nascer toda mulher traz
O sonho tosco da liberdade.
Jovem menina, ingênua, fugaz,
Translumbra fonte de juventude.

De todas as formas e tamanho
A mulher é sempre um tesouro.
Poderosa, traça o seu caminho,
Promessas dos anos vindouros.

Doce, melindrosa, romântica,
Formas femininas em mutação.
Qual nosso ideal de mulher?

Empresária, confiante, atlética,
A Deusa de Vênus, sutil ação?
A fêmea amante, sempre o é.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Por que tu és pó, e ao pó voltarás.

A Quarta-feira de Cinzas

Assenção Pessoa


Foi-se os dias de orgias, culto ao corpo e festa pagã. Chegou o primeiro dia da Quaresma, a Quarta Feira de Cinzas.

No calendário gregoriano, também sendo designada por Dia das Cinzas, é uma data com especial significado para a comunidade cristã. 

A Quaresma compreende 40 dias de reflexões e penitências que os cristãos católicos respeitam todos os anos e é uma referência aos 40 dias que Jesus passou no deserto suportando a tentações.

A origem é puramente religiosa. Neste dia, é celebrada a tradicional missa das cinzas. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase:



A Igreja abre solenemente o tempo de penitência, chamado Quaresma, em preparação para a celebração da Páscoa. Atualmente, a Quarta-feira de Cinzas, já está também bastante prejudicada pela influência do carnaval.
Neste dia, após a Liturgia da Palavra, em que se proclama o trecho do Evangelho em que Cristo recomenda a oração, o jejum e a esmola como exercícios de conversão (Mt 6,1-18), realiza-se o rito da imposição das cinzas. Elas são sinal de penitência, no sentido de conversão. A conversão consiste, sobretudo, no reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais e pecadoras.


Durante a Quaresma a Igreja veste seus ministros com vestimentas de cor roxa, que simboliza tristeza e dor. A quarta feira de cinzas é um dia usado para lembrar o fim da própria mortalidade. É costume serem realizadas missas onde os fiéis são marcados na testa com cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o pôr do sol. Esse simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de arrependimento.


Na Bíblia, o número 40 aparece com bastante frequência, para representar períodos de 40 dias ou quarenta anos, que antecederam ou marcaram fatos importantes, como por exemplo, os 40 dias do dilúvio, 40 dias de Moisés ao Monte Sinai, 40 dias de Jesus no deserto antes de começar o seu ministério, 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto.
Durante o período da Quaresma é proposto aos Católicos o ato de jejuar, para que possam ter a mesma experiência de Jesus, que jejuou no deserto. Na Sexta-feira da Quaresma é proposto também a abstinência de carne. Na Sexta-Feira Santa e na Quarta-Feira de Cinzas é proposto o jejum por um dia inteiro.


Jejuar é praticar o jejum, ou seja, ficar sem se alimentar desde o dia anterior. É não comer nada, durante um determinado período de tempo.
No sentido figurado, jejuar é abster-se de alguma coisa. É ficar um longo período sem exercer ou praticar determinada atividade.
Para a Igreja Católica a prática do jejum é seguida em determinados dias, como penitência. O catolicismo distingue o jejum da abstinência. O jejum é a ausência total da comida e da bebida (com exceção de água), e a abstinência é abster-se de alguma coisa que faz parte da cobiça, do desejo.
Aqui vale a pena lembrar uma lenda egípcia: A Fênix era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, queimada, renascia das próprias cinzas. Sendo assim ela foi identificada como o símbolo da ressurreição de Cristo e dos que aceitam viver sobre os ideais de Cristo.












sábado, 6 de fevereiro de 2016

VOCÊ GOSTA DE CARNAVAL? OU NÃO? DE QUALQUER FORMA SAIBA DE ONDE VEIO.



VOCÊ GOSTA DE CARNAVAL? OU NÃO?

DE QUALQUER FORMA SAIBA DE ONDE VEIO.


Carnaval, nome oficial Entrudo
                                                                 Texto de Assenção Pessoa

Bisbilhotando pela internet descobrir algo interessante sobre as origens dessa festa tão tradicional e popular que chamamos de Carnaval. Resolvi então dividir com você, amigo leitor e curioso igual a mim, algumas curiosidades sobre o Carnaval.

palavra carnaval se origina do latim, carnis levale ("carnis", significa carne e "valles", prazeres), cujo significado é retirar a carne. Quer dizer que após o carnaval, as pessoas passavam por um grande período de abstinência e jejum. Para a sua preparação havia uma grande concentração de festejos populares. Cada lugar e região brincava a seu modo e geralmente de uma forma extravagante, de acordo com os costumes de cada região. A palavra "Carnaval" está desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne.

 De onde surgiu?
A História do Carnaval nos reporta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
Na Grécia, surgiu em meados dos anos 600 a 520 a.C.(antes de Cristo). Era uma celebração na qual os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Daí então, passou a ser uma comemoração adotada também pela Igreja Católica em 590 d.C. (depois de Cristo) antes da Quaresma.
Esse período de período de festas eram regidos pelo ano lunar pelo cristianismo na Idade Média.
Na antiga Babilônia, havia duas festas que poderiam ter originado o que hoje chamamos atualmente de carnaval:

A primeira era as Saceias, uma festa onde havia a inversão das posições sociais. O prisioneiro representava por alguns dias a figura do Rei, alimentando-se fartamente como ele, vestindo-se e podendo dormir com as esposas do Rei. Ao final das Saceias o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado (é um método de tortura e execução que consistia na inserção de uma estaca pelo ânus, vagina, ou umbigo até a morte do torturado.).

A segunda festa era um ritual realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera (ou outono), período de comemoração da entrada do ano novo na região. O rito ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas era o fato de está ligado ao caráter, a de subversão de papéis sociais, isto é, a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente aos deuses.

Nos carnavais medievais, no período fértil para a agricultura, homens jovens se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Possivelmente daí a ideia de inversão desses papeis até os dias de hoje, como os homens vestindo-se de mulheres e vice-versa.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seria festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Havia ainda em Roma, as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes se colocando no papel de escravos.

Tais festas eram pagãs e a igreja já não as via com bons olhos. Com o fortalecimento de seu poder, na concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio. E dessa forma o demônio poderia ocupar o lugar de Deus, ficando assim ameaçado o poder da Igreja Católica.

                                          * Ilustração medieval simbolizando um carnaval do período


No período renascentista, cidades italianas, criaram a commedia dell'arte, que eram os teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII.

Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros alegóricos, chamados de trionfi.

Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma espécie de capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

Com a criação da quaresma a igreja resolveu interferir nas comemorações dessas festas. A partir da implantação da Semana Santa, no século XI, antecedida por quarenta dias de jejum, chamados de Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a  Quarta feira de cinzas, o primeiro dia da Quaresma.

Antes o Carnaval tinha a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta feira de cinzas. Atualmente, no Brasil, duram em média cinco dias, com festas ainda na quarta-feira de cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira, Terça-Feira Gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras sinônimo de Carnaval.

O carnaval passou a ser considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. No Brasil, tem sua origem no entrudo português, uma festa de rua, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha, iniciada no período colonial. O entrudo (bonecos gigantes) era praticado pelos escravos e acontecia num período anterior à quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.

Figura importante nos carnavais brasileiros foi a emblemática Chiquinha Gonzaga, a primeira compositora popular do Brasil, autora da primeira marchinha carnavalesca brasileira chamada de “Óh! Abre Alas”. Sendo também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.



Carnaval em São Luís, Maranhão

As primeiras manifestações momescas (Relativo à Momo ou ao carnaval) teriam aparecido em São Luís entre o final do século XVIII e o início do século XIX. E o representante maior das referidas manifestações, principalmente na segunda metade do século XIX, teria sido a brincadeira do Entrudo.

Segundo Carlos Brazil, São Luís, uma cidade histórica, colonial, que mantinha uma bela tradição de Carnaval, chegou a deixar de lado essa tradição por um bom tempo. Até os anos 60, São Luís tinha uma tradição de Carnaval de rua, em que as famílias se reuniam para brincar e dançar nas estreitas vielas do centro histórico. Havia o corso, formado por caminhões e carros que percorriam várias artérias do centro histórico. Mas resgatou o melhor de seu Carnaval a partir da segunda metade dos anos 80.

O Carnaval de São Luís  é marcado por características que se revelam nos batuques, nas brincadeiras e nos personagens que tomam conta das ruas nos dias de folia. Sua dança e a animação ficam garantidas com os sons dos blocos carnavalescos, grupos afros, escolas de samba, bandinhas e charangas. O desfile das escolas de samba de São Luís é tão antigo quanto à do Rio de Janeiro. Antigamente, havia bailes tradicionais em São Luís, que eram feitos em casarões alugados especificamente para essa finalidade. Havia uma série de bailes, em que as mulheres iam mascaradas. Tinham nomes característicos, como o Baile do Bigorrilho, Saravá, Gruta de Satã, Rei Pelé, etc. Na década de 70 esses bailes foram proibidos. Essa tradição também está sendo resgatada.


Em Itapecuru Mirim, os antigos bailes carnavalescos aconteciam na residência de Áurea Helena Nogueira, minha tia por sinal,  e os salões eram enfeitados com bonecos, baianas, tamborins, fofões, mascaradas, Pierrot, Colombinas. Tinha os bailes tradicionais, os vesperais, dois blocos tradicionais do Tusca e Selé. Depois surgiram outros blocos e até uma escola de samba, onda Adalgisa Almeida teve participação memorável. Hoje resiste ainda o bloco dos Piratas e o carnaval de marchinhas na AV. Beira Rio.

E as fantasias? E os reis Momos? Bem, essa é outra história!

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Créditos e referências

Wikipédia, a enciclopédia livre
PINTO, Tales Dos Santos. "História do carnaval e suas origens"; Brasil Escola. Disponível em . Acesso em 04 de fevereiro de 2016
imagens da internet. 




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

HISTÓRIA DE VIDA: A SAPECA LUCY - Texto de Suyanne Pessoa




A sapeca Lucy
Texto de: Suyanne Pessoa

Era uma vez uma menina muito sapeca que se chamava Lucy. Ela morava numa cidade muito pequena chamada de felicidade. Morava com sua mãe Margarida, seu pai João e seu irmão mais velho Luis.

Lucy era de uma família muito humilde, onde moravam numa casinha muito simples construída por seu pai e era feita de madeira e coberta de palha, mas tudo muito bem organizada e zelada, pois sua mãe era muito cuidadosa.

Lucy tinha o grande sonho de ter uma boneca que falasse, mas seus pais não tinham condições de comprar uma. Então Lucy vivia escrevendo cartinhas para muitas pessoas em datas diferentes, como: Páscoa, Dia das Crianças, Natal. Pois eram datas onde ela pensava:  ─ Esses tempos acreditam que estas pessoas poderão me ajudar a realizar meu sonho, pois é momento de fraternidade, eles devem estar com o coração aberto para ajudar!

                                                 
Mas o tempo se passava e ninguém respondia as cartas de Lucy e cada dia ela pensava que nunca conseguiria realizar seu grande sonho, mas nunca ficou triste, pois via o sacrifício de seus pais para que nada faltasse para ela e seu irmão.

Um dia na escola, a professora pediu para que os alunos escrevessem uma redação falando sobre o sonho que cada um gostaria de realizar. A menina sapeca é claro que não perdeu tempo e contou através das palavras qual era o seu grande sonho.

Depois a professora pediu para que cada aluno lesse sua redação em voz alta, então a professora, muito atenciosa, pode conhecer um pouco dos sonhos de seus alunos, entre eles o desejo de Lucy de ter uma boneca que falava.

Lucy mal poderia saber que as redações iriam passar por outras pessoas que iriam escolher a melhor redação da escola e o sonho do aluno escolhido, seria realizado.
       
         Um trecho da redação de Lucy chamou a atenção de todos, onde ela escreveu:
“... O meu sonho é ter uma boneca que falasse, para que eu pudesse conversar com ela e cuidar com muito carinho da minha amiguinha. Mas hoje eu não queria pedir para realizar o meu sonho, mas o do meu papai e da minha mamãe. Eles pensam que eu não escuto quando eles conversam e choram por não poderem dar ao meu irmão e a mim, uma vida melhor, ter uma casa boa e um emprego para meu papai não precisar mais ir para outra cidade trabalhar e ficar longe da gente... Papai do céu ajuda meu papai e minha mamãe!”



Lendo o que a sapeca da Lucy havia escrito, todos ficaram emocionados com a preocupação da menina, não de realizar seu sonho, mas o dos pais, não sabendo ela que se os pais conseguissem realizar o sonho deles, o dela também poderia ser realizado. E assim, a redação de Lucy foi escolhida.

Muitas pessoas reuniram-se para realizar o sonho da sapeca Lucy. A cidade inteira resolveu ajudar. Tudo foi feito em segredo para que fosse feita uma grande surpresa para Lucy e sua família.

Chegou o grande dia. A escola toda organizou uma grande festa para falar a todos qual teria sido a redação escolhida. Todos estavam muito curiosos e ansiosos, até que chegou o grande momento. A professora anuncia o nome da aluna que teve a redação escolhida.

Lucy estava com os dedinhos cruzados e com as perninhas tremendo, quando sua professora a chamou no palco para ler sua redação para todos que estavam ali e disse:  ─ Lucy sua sapeca, você terá o seu sonho realizado!

A família de Lucy toda estava lá e naquele momento todos começaram a chorar, pois a emoção era demais. Mas eles pensavam que o sonho que seria realizado era o da menina ganhar sua boneca que falava. A menina também ganharia sua boneca tão desejada, mas junto com a boneca a menina também recebeu as chaves de uma casa.




A família toda ficou sem reação, pois não estavam conseguindo acreditar naquilo que estava acontecendo. Lucy leu sua redação e todos puderam entender o porquê daqueles presentes todos. Então os patrocinadores convidaram a família para conhecerem a casa nova deles. Chegando lá, a alegria só aumentou, pois as surpresas ainda não haviam acabado a casa estava toda novinha e mobiliada, lá tinha um quartinho muito especial, era o quarto de Lucy, cheio de brinquedos e entre eles sua boneca tão desejada, a que falava.

A família pode notar que ao lado da casa havia também um ponto comercial. Era mais uma grande surpresa. Ali seria o lugar onde os pais de Lucy iriam trabalhar e tirar o sustento da família, só faltava os pais de Lucy escolher com o que queriam trabalhar. Como a mãe de Lucy era uma excelente cozinheira, decidiram abrir um restaurante e assim foi feito, para completar a alegria daquela família.

Lucy ficou muito feliz com tudo o que aconteceu e em especial com sua boneca que falava. Não desgrudou mais de sua amiguinha e enfim, seu papai não precisou mais trabalhar longe, o restaurante estava dando muito certo, todos estavam muito contentes com a casa nova. Daquele dia em diante, a família toda só tiveram alegria e Lucy a sapeca só queria saber de sua mais nova amiguinha, a quem deu o nome de vitória e todos viveram felizes para sempre.


                        

Lição de vida: Todos nós devemos ter sonhos, construir novos sonhos e acreditar. Com trabalho, perseverança e fé, todos nós podemos conquistar belas coisas e ser feliz.
Pessoa, Suyanne
30/09/2012

Suyanne e Assenção