sábado, 30 de julho de 2016

Sentidos e Intenções



ARTIGO DE OPINIÃO:

Sentidos e Intenções


            Como é prazeroso dizer que se têm bons amigos, companheiros, pessoas leais ao nosso lado. Como é confortável sentir a paz e a união no seio familiar, entre amigos e correligionários. Como é bom ser amigo, leal e companheiro. Como é bom ser um disseminador da união e da paz.

Mas o que pensamos ser um bom amigo, leal e companheiro? Que conceito temos de união e paz?

Não se deve confundir:

Amizade com Cumplicidade. Amigo não é aquele que sempre concorda com tudo; aceita os desmandos e erros do outro; se anula diante da situação do outro e cala-se, mesmo que não concorde, somente para não ofendê-lo. Verdadeiros amigos são positivos, aconselha, discorda, e estende a mão ou cede o ombro em causas reais.

Lealdade não é sinônimo de apoiar incondicionalmente o erro, os desvios, os vícios, os excessos, a ignorância. Lealdade é honestidade, é ser correto, sincero, mesmo que para isso tenha que se discordar de alguém ou de algo. A isso, se chama de Pacto.

Companheirismo não é apoiar ou concordar, aceitar ou participar de: desmando quer no campo pessoal, amoroso ou coletivo; conjecturações fraudulentas, violentas; atos insanos ou maldosos; críticas destruidoras; comportamentos excessivos. A isso se chama de Passividade.

União não quer dizer calar-se diante das diferenças para não ter que desagradar algo ou alguém, apoiar tudo que o outro quer sem medir a noção de valores e a consequência dos atos. A isso se chama Omissão.

Paz não quer dizer fechar os olhos aos problemas e calar-se diante da opressão, do medo, da insegurança, da violência e do desrespeito. Isso é Acomodação.

Está apoiando alguém, seja amigo, companheiro, correligionário, ser leal é também está ao lado de suas convicções mais saudáveis. É salientar atitudes de discordância, quando necessário. É não pactuar com o que vai de encontro aos preceitos do bem, de uma vida saudável e de desrespeito ao outro, em qualquer instância: sentimental (vale para todas as formas de bons sentimentos), política, religiosa; individual e coletiva.

Está em união é também dizer “não”; é lutar por aquilo que acredita, é argumentar um ponto de vista, é negar fazer ou dizer algo que pode prejudicar ou provocar discórdia entre as pessoas. Está em união é perceber a fraqueza de comportamento do outro e levantar a bandeira da reflexão e mudança de atitude, se for o caso.

Assim como, promover a paz é buscar o equilíbrio entre o justo e o injusto, entre o honesto e desonesto, entre o respeito e o desrespeito. É não se acovardar diante dos conflitos. Tudo isso sem promover a violência e o medo como desculpa para punição ou disciplinação. Promover a paz é ser justo, honesto, fiel.

Esses argumentos não inviabilizam ou invalidam uma amizade sincera, o companheirismo, a lealdade que se tem por alguém ou por uma convicção valorosa. Os argumentos citados não invalidam a união e o desejo de paz entre amigos, amores (todas as formas de amores), família, correligionários e comunidades.

A isso se chama “viver melhor”, com saúde social, mental, espiritual e comportamental. A isso se chama de “verdadeira irmandade” pelo bem individual e coletivo. E isso vale para serem usados entre os amigos, os companheiros, os casais, os amores, os políticos, os patrões e empregados.

Seja um bom amigo para seus amigos, para sua comunidade, para seus familiares queridos. Companheiro, leal e promotor da união e da paz.

Pense nisso.


Assenção Pessoa.
Itapecuru Mirim, 30 de julho de 2016.




quinta-feira, 28 de julho de 2016

PEQUENAS ATITUDES, GRANDES MUDANÇAS



Artigo de OPINIÃO:
PEQUENAS ATITUDES, GRANDES MUDANÇAS



Hoje em pleno ano eleitoral nos vimos despercebidos dos motivos eleitoreiros que levam cidadãos a se candidatarem a algum cargo eletivo em seus nobres municípios. Itapecuru Mirim, cidade hospitaleira e ordeira vê-se cercada de motivos e motivações, por trás de verdadeiras intenções políticas.
Na verdade o que de fato precisamos é de alguém, que vá além do político partidário, que seja também político na essência da palavra. Itapecuru Mirim precisa de cidadãos candidatos de visão política, em que valorize e respeite os munícipes nos seus direitos mais primordiais, e lhes ofereça uma administração de responsabilidade com a qualidade de vida, qualidade ambiental, direitos trabalhista (principalmente na questão salários em dias, não importa se efetivo ou contratado).
Queremos uma cidade limpa, atraente, viva. Uma Beira Rio espetacular com iluminações, o cais, bancos, banhos, recuperação das rampas de nossa história e com espaços para atividades físicas, inclusive, caminhadas.
Queremos oferta de saúde, segurança, educação, moradia, saneamento básico, oferta de trabalho e emprego real (público e privado) e equilíbrio financeiro, todos os serviços com eficiência e durabilidade.
Queremos nosso estádio de volta, nossas praças recuperadas e conservadas, nossas áreas de lazer de volta. Nossas calçadas livres, novos espaços de criatividade. A família itapecuruense merece ter um lazer saudável, que não seja somente com ofertas de todo tipo de drogas, lícitas e ilícitas; esses abusos estão deixando nossa cidade doente. Que não se use com desculpas o global, vamos combater o local. Inibir com verdadeira convicção todas as formas de crimes e agressões que está destruindo a dignidade desse povo que só sofre, mas na verdade não sabe lutar e se organizar para reclamar seus direitos na forma da lei.
Hoje em pleno ano eleitoral nos vimos despercebidos do quanto os candidatos têm apenas interesses particulares e pessoais. O bem comum virou um bem em extinção, assim como, a nossa flora e a nossa fauna. O bem comum não é interesse do cidadão que se diz candidato a prefeito ou vereador, por que o câncer da corrupção já está incorporada no caráter e nas ações dessas pessoas.
A cidade e seus munícipes são apenas objetos de barganha para que cada um leve vantagem, a seu modo, mas que levem alguma vantagem. E assim as consequências estão aí, saltando aos olhos desse povo ordeiro e hospitaleiro.
Nossa cidade não é laboratório de pesquisas científicas. Vamos parar de fazer experiências com a administração pública e por à prova nossa cidadania e modo de vida. Chega de ofertas se serviços de má qualidade. Vamos valorizar nossos impostos e exigir competência na gestão pública, seja ela executiva ou legislativa.
Vamos votar por idéias valorosas e reais, ideais compatíveis com a nossa realidade. Vamos eleger candidatos que tenham compromissos verdadeiros, e principalmente em candidatos com valor moral, sério, e que pensem realmente no bem comum. Um ato difícil, pois nesse momento todos vão se fazer de “bonzinhos”, mas cuidado, mesmo com muitos lobos em pele de cordeiro, haverá sempre uns poucos candidatos com vontade de governar e administrar com lealdade e com respeito ao cidadão itapecuruense.  
Hoje em pleno ano eleitoral vamos nos perceber numa Itapecuru Mirim verdadeiramente limpa, bonita, e com a qualidade de vida que seus munícipes merecem. Portanto, analisem, estudem, votem consciente do verdadeiro papel do prefeito e do vereador e quem pode se encaixar nesse perfil. São pequenas atitudes que podem promover grandes mudanças.

Assenção Pessoa

quinta-feira, 21 de julho de 2016

HOJE É DIA DE iTAPECURU




UM OLHAR SOBRE A CIDADE






E

ncontro-me a contemplar o pôr-do-sol sobre a ponte do rio que faz a minha cidade dormir, e nos meus 50 e poucos anos, nas idas e vindas pelas vias da minha profissão, “sou professora”, o que me rendeu uma grata e satisfatória experiência de sala de aula à gestão escolar, em dois municípios deste Estado, cujo sol, vento, a brisa, por vezes, o calor nos abraça de forma a provocar olhares e a convivência com multi pessoas, tramitando por uma diversidade e adversidade sob todos os aspectos natural e social, sinto a gratidão ao acolhimento e ao respeito, carinho e ternura com que me tratam os munícipes de minhas relações em ambas cidades.

F
ilha de Itapecuru Mirim, também sou de Pirapemas, uma cidade que une e reúne as pessoas de forma calorosa e amável. Hoje em foco, um olhar é a essa acolhedora cidade, de múltiplas facetas, ruas largas, e clima agradável, meu olhar é sobre os vários ângulos e sob a postura de quem só observa os passantes pela ponte, os que ficam de um lado, ou do outro.

E
  nesse vai e vem de pensamentos, me inquieto sobre o “ser itapecuruense”. Itapecuru Mirim cidade incomparável, modesta, mas, altiva e que faz parte da planície Fluvial dos rios Munin, Pindaré, Mearim, Grajaú e Itapecuru. Mesclada com uma vegetação típica de babaçu, provocando nesse entrelaçado mágico a sintonia e a perfeição, do seu banho no rio de mesmo nome, onde brota o sorriso farto das crianças e dos jovens, o desejo eterno dos amantes, os amores secretos e a calmaria dos que se embriagam de paixão por essa cidade.


S
er itapecuruense é um estado de espírito, é sentir a vida de uma forma apaixonada, e ter consciência de morar em um patrimônio natural abençoado, por Nossa Senhora das Dores. É receber e compartilhar o espírito itapecuruense, com todos os que aqui fazem pousada.

S
er itapecuruense é se maravilhar com o clarear do dia com este sol, este céu e rio, infinitamente belo. É curtir a alegria de se reunir com amigos nos finais de tarde, finais de semana, ou, de está com a família a perambular por suas pracinhas cheias de graça.

S
er itapecuruense é se sentir feliz com o churrasco na calçada, onde o sol beija o rio o ano inteiro; é se deliciar com os petiscos dos bares com uma loira estupidamente gelada. É se emocionar com o entardecer e ter a confiança e a fé de um novo resplandecer no dia vindouro.

O
 itapecuruense é hospitaleiro, sabe conviver alegremente com as diferenças sem preconceitos, e apreciar o desfilar de uma bela mulher sob as calçadas largas de suas ruas. Em sintonia com as dificuldades e desafios, transforma seu sofrimento em alegrias e têm orgulho e felicidade de ser desta cidade de tantos Silas Gomes, Juceys Santanas, Beneditos Buzares, Alissons Rilkets, Josés Santanas, Betos Dinizes, Brennos Bezerras, Gonçalos Amadores, Marias Sampaios e muitos outros itapecuruenses que encantam a todos com seus talentos e irreverente alegria contagiante, unindo o erudito e o popular em suas representações que põe à mostra toda nossa miscigenação nas rodas do tambor de crioula, nas lendas e mitos, no São Gonçalo, no Reggae, no Bumba-meu-boi e nas festas do Divino Espírito Santo de nossa cidade e dos seus povoados, num arco íris magnífico, que proporciona ao povo brasileiro/maranhense, a sua diversidade como sendo sua maior riqueza e identidade cultural.



L
ançando meu olhar sobre a cidade também percebo que ser itapecuruense é se lamentar por suas perdas, como a fonte da miquilina, o morro do Diogo, a quinta velha, a memória de sua história destruída pelos novos conjuntos arquitetônicos, a perda de suas matas e animais nativos, e principalmente de ver um rio que corre em direção ao mar, mas que agoniza pela falta de cuidado, zelo e amor para com este. A própria arquitetura dos prédios que ainda resistem como a Igreja N. S. Das Dores, a Prefeitura, o Mercado Central, a Casa da Cultura, a Escola Paroquial, o antigo prédio dos Buzar, dos Negueiras sofrendo transformações ao longo do tempo e perdendo sua identidade cultural e histórica.

O
lho-te, Itapecuru, deitado por seus 198 anos de vila e 146 de cidade numa dinâmica exaustiva de um vaivém que se repete todos os dias, dentre as muitas ações que teus filhos constroem, através das múltiplas habilidades nas artes, no comércio, na vida onde todos se transformam em instrumentos de construção e mudança. Vejo-te, ainda, como berço de pessoas inteligentes, como o nascedouro de homens e de mulheres ilustres, cujas histórias não estão somente nas lembranças, nem no passado das pessoas, mas sim, muitas assumiram formas em livros que narram, desde a 1ª cruz fincada, até o momento oportuno da chegada de tua ascensão atual que te inclui nas renovações e nas inovações necessárias, dentro dessa globalização que faz as cidades se tornarem uma grande e providencial exigência no seu crescimento e engrandecimento.



Q

uando debruço um olhar sobre ti, Itapecuru percebo uma mistura de vontades iguais e diferentes, o que, naturalmente, precisa ser respeitado e trabalhado, sobretudo se essas vontades dizem respeito ao progresso de que precisas, à valorização dos munícipes e à qualidade de vida como a maior responsabilidade social que dispensa quaisquer outros interesses, principalmente, quando estes não são coletivos.

P
arabéns Itapecuru Mirim que sem sombra de dúvidas, por seu povo alegre e hospitaleiro, com certeza é uma cidade abençoada por Deus. Parabéns por seus 146 anos.

I
tapecuru Mirim, paraíso das águas do rio Itapecuru, das quebradeiras de coco babaçu, mulheres guerreiras, assim eu te vejo e te louvo e te agradeço por ter nascido tua filha e te descoberto no contemplar de um pôr-do-sol sobre a ponte do rio que faz a minha cidade dormir, nos meus 50 e poucos anos de idade.

                                              Pôr do Sol, Itapecuru Mirim

Assenção Pessoa
lagusa-ita-ma.blogspot.com.br
      


Maria da Assenção Pessoa é Professora Licenciada em Biologia com Especialização na mesma área e em Supervisão, Gestão e Planejamento. É Membro Fundador da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA – Cadeira de Nº 13, Patrono: Manfredo Viana. Trabalhos literários: Recordações, 2011; José e as Três Mosqueteiras e A Princesa Sarah e o Sapo, 2015; Itapecuru Mirim, sua gente, sua história, 2015. Teve as seguintes participações: Antologia da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, 2013; Mil Poemas para Gonçalves Dias, 2013. Mil poemas para Óscar Alfaro, LIBRO VIRTUAL.ORG./ 2013; Mil Poemas para Gonçalves Dias: Diário de Viagem, 2014. Participação com poemas na Revista virtual Varal do Brasil, ed 28/29, 2014 e 2016.