sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O QUE TEM A VER ITAPECURU-MIRIM COM A INVASÃO DOS HOLANDESES AO MARANHÃO?



INVASÃO DOS HOLANDESES AO MARANHÃO E A HISTÓRIA DE ITAPECURU-MIRIM


                                                       Imagem aleatória da cidade

     
    Assim com os franceses, os holandeses em 1641, ao invadirem o Maranhão, pretendiam transformá-la numa colônia holandesa. 

     O Governador Bento Maciel Parente, juntamente com as tropas portugueses, se renderam diante das forças holandesas. 

      Após terem dominado a situação em São Luís, trataram de estender seus domínios ao longo do Rio Itapecuru, reconstruindo o Forte de Rosário e controlando os cinco engenhos de açúcar ali existentes e construindo mais engenhos. Construíram o Forte de Santa Cruz, que era uma posição privilegiada, uma vez que não era visto por quem estava subindo o rio. As ruínas desse forte constituem o monumento histórico da presença dos holandeses no Maranhão.

    Os colonos os proprietários de engenho, pela exportação, eram obrigados a pagar impostos em forma de cinco mil arrobas de açúcar e impostos (somínio) ao comandante holandês, John Cornelles.

    Ficou nesta localidade, cerca de 300 holandeses chefiados pelo Capitão Maximiliano Shade, para que se cumprissem os pagamentos.

    Os colonos viviam na localidade chamada de Arraial, mais tarde chamada de “Feira” (tentando situar atualmente: seria Localizada à beira da estrada que liga Itapecuru-Mirim ao povoado Tingidor, próximo ao cemitério dos ciganos.) 

                                                                 imagens aleatórias


      Nessa localidade habitavam as 30 famílias açorianas com seus filhos e agregados, que chegara em 1614. Também era o local onde se juntavam boiadeiros vindos do sertão para negociar suas boiadas e apuradas nas fazendas, proporcionando o sustento das lavouras do campo, bem como os habitantes da povoação.

    Situava-se aproximadamente a 01(Hum) Km do vilarejo de Itapecuru-Mirim, onde teve origem da formação da cidade.

   Após mais ou menos um ano, os portugueses Antonio Muniz Barreiros Filho e Antonio Teixeira de Melo, aliados com os chefes indígenas, Joacaba Mitangai e Henrique de Albuquerque, iniciara uma série de ataques planejados aos holandeses.

     Antonio Teixeira, ao chegar à localidade “Feira”, aliou-se aos colonos que também sofriam na sua honra e liberdade, sendo roubados. E na calada noite de 20 de setembro de 1642, travou-se uma luta que resultou na expulsão dos holandeses definitivamente dessa região, com cerca de 300 mortes de homens degolados.

     Em 30 de setembro de 1642, os portugueses, após terem planejado cuidadosamente e expulsão dos holandeses, que retornaram um por um, aos engenhos da Ribeira do Itapecuru invadidos, sendo um deles de propriedade de Muniz Barreiro e outro de Teixeira de Melo. Travou-se então outra batalha, e no dia 28 de fevereiro de 1644, os holandeses foram definitivamente expulsos daquela região.

    Os holandeses foram expulsos do Maranhão, mas a cidade ficou toda destruída pela guerra.

    Após a guerra com os holandeses, os colonos trataram de reconstruir o vilarejo e os engenhos. No entanto por circunstância da ocupação holandesa, parte dos plantadores da cana-de-açúcar preferiu fazer molinetes, que eram pequenos engenhos (engenhocas) para produzir aguardente e comercializar outros produtos, como grãos e carnes.

     Os índios aos poucos foram se domesticando e se aliando aos brancos. Casavam e construíam famílias. Muitos trabalhavam na lavoura e no engenho entre outros serviços.


                                  imagem aleatória

Assim Itapecuru-Mirim foi adquirindo forma e jeito de uma pequena vila. 


                                                  Texto de Assenção Pessoa

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ITAPECURU-MIRM, O COMEÇO DE TUDO



ITAPECURU-MIRIM, O COMEÇO DE TUDO





            Segundo Meireles, no período em que os Franceses invadiram o Maranhão, também chegaram por volta de 1612 a 1627, mais precisamente em 1619, os primeiros 200 casais de luso-açorianos (povos das ilhas açorianas atlânticas do Arquipélago de Açores, próximo de Portugal), com mais de 1.000 pessoas contado com os filhos e agregados.


           Com a intenção de consolidar uma cultura própria, parte desses açorianos partiu rumo à Ribeira do Itapecuru, por ser um ótimo habitat para os humanos, uma vez que a região era banhada por um extenso rio, o Rio Itapecuru. E pelo fato de existir diversas nascentes de águas doces por entres as matas da Ribeira, facilitando o cultivo de lavouras em terras extremamente férteis. Após 10 anos da fundação de São Luis, em 1622, surge o primeiro dos cinco engenhos de açúcar às margens do Itapecuru.


           O rio Itapecuru foi uma das portas de entrada para os exploradores no século XVII. No começo deste século, o Itapecuru tinha uma importância fundamental com meio de navegação, transportando pessoas, animais, e também produtos cultivados. Outrora chamado “Jardim do Maranhão”.






Apesar de não se constatar traços da cultura açoriana, Itapecuru-Mirim ainda mantém a tradição das “casas de farinha” nos moldes dos engenhos de farinha desses povos. Ainda podem-se encontrar também traços das antigas construções das casas, modelado naquela arquitetura e a tradição das Festas do Divino Espírito Santo, que continuaram a ser praticada pelos negros e mestiços, e ainda resiste até os dias de hoje.
          

REFLEXÃO:

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SOL


SOL

Ainda que chova
Existe o sol.
Se a noite vem
O sol se esconde.
E lá está
Do outro lado do horizonte.
Por traz dos morros
Por traz dos montes
Além das montanhas
Além dos mares e das ribeiras.

Mesmo que haja
Raios, trovões, tempestade
O sol existe
E ainda que eu fique
Entre quatro paredes
Sem portas, sem janelas
Mesmo que por uma frecha
O sol desponta.

E mesmo que não exista
Nem frechas, nem pontos,
Nem luz. O sol existe.
Álacre ou triste
Intrigante, cintilante.
O sol está lá. Ardente.
Soberano.