sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FILHOS ÓRFÃOS DE PAIS VIVOS





FILHOS ÓRFÃOS DE PAIS VIVOS

A união de duas pessoas que diz se amarem é muito complexa. Quando dá certo e o casal resolve ter filhos, então é o êxtase dessa cumplicidade. Mas existem pais (e não são poucos), que não dão a mínima pra essas crianças que crescem e sobrevivem à sombra do amor desses pais egoísta e prepotentes.

Exibem os filhos como troféus em fotos, vídeos, redes sociais e álbuns, compram-lhes presentes, brinquedos, os colocam nas melhores escolas, enfim dão-lhes de tudo que é material o qual tem necessidade (e até o que não tem). 


Só esquecem de que lhes falta o principal: o amor de pais (paterno e materno).

Em vez dos pais viverem em função desse “ser” que gerou e que é sua responsabilidade, é esse pequeno ser, que vive em função dos seus pais. Se lhes sobrarem tempo e atenção, aí sim, talvez possam olhar pro seus filhos, como pais preocupados com o seu desenvolvimento físico e psicológico. 

Desprezam seus filhos e filhas em frente a um tablete, computador, smartfone, TV, entre outros, em função de sua vida profissional e pessoal. Que tempo lhes sobram para que seus filhos recebam sua atenção?

Eu vejo e presencio todos os dias mães abandonarem seus filhos, trocarem o carinho e a inocência de seus filhos, por dias inteiros de cervejada com amigos e amigas. Saem com seus companheiros para algum tipo de diversão (sempre com bebida alcoólica) sem se dar conta da hora de retornar ao convívio do seu lar, onde as crianças estão à sua espera em busca de alguma forma de atenção. E mesmo quando estão em casa com os filhos, estão sempre trancados dentro de suas suítes, na sua tal “privacidade”, sobre alegação de “uma dor de cabeça”, ou outra desculpa qualquer, para não ter trabalho com seus filhos. Na maioria estão bêbadas ou de ressaca mesmo. Então pedem para não serem incomodadas por seus filhos.


Às vezes chegam até levarem as crianças para locais de diversão, mas as abandona em um playground qualquer, onde elas brincam sozinhas e se perdem no sol ou na chuva sem rumo.

Algumas mães sequer acompanham as tarefas da escola. Os colocam em professoras de reforço e pensam que elas podem substitui a árdua tarefa da mãe. E muitas vezes essas professoras só complicam mais o estado psicológico dessas crianças sequer ajuda na sua aprendizagem.

Então eu questiono: Você que é mãe – sabe o que acontece com seu filho ou filha na escola? Ajuda-os nas tarefas da escola? Está presente e é um presente na vida dessas crianças que diz ter gerado com tanto amor? Até que ponto essa amor por seu filho é capaz de te fazer desistir de algo prazeroso pra Você, em função de seus filhos?

Hoje, já sentou à mesa com seu filho ou filha para fazer as refeições? Sentou com elas para orar juntos? Contou-lhes ou leu uma história? Observou se o banho que tomam sozinhos está dando conta da higiene pessoal correta? Enquanto seus filhos dormem, vocês param por algum tempo para observá-los, oram em silêncio para seus anjos da guarda? Tem o cuidado de cobri-los para que não sintam frio?


Não basta só dizer: “Eu te amo”. Ou, “meus filhos é a minha vida”, ou frases do tipo. 

Pois é pai, pois é mãe. Filhos exige atenção, cuidado com a saúde em todos os campos: psicológico, físico e social. E não adianta terceirizar este compromisso que é seu. Amor maternal e paternal não se dá por tabela, por via de terceiros. Amor de pai e mãe é uma conexão direta entre Vocês e seus filhos. 

Ainda observo que em casos de um segundo, terceiro relacionamento, esses pais que ficam com a guarda dessas crianças, fruto do primeiro relacionamento inda é um pouco pior. A mãe, ou o pai abandona mais uma vez seus filhos por conta de que tem que dá toda atenção para o novo companheiro ou companheira. Muitos desses pais tiram o conforto dos filhos, somente para agradar seus companheiros e companheiras. Pois criança também tem direito a sua privacidade, mas para esses pais, isso é o que menos importa. E os filhos sempre em segundo plano.

Separados ou não, a verdade é que muitos pais não se importam verdadeiramente com seus filhos.


Texto de Assenção Pessoa


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