COMPORTAMENTO
MULHER: ONTEM, HOJE E SEMPRE
*Professora Assenção Pessoa
A
sociedade humana existe desde que, mundo é mundo, e suas mudanças ocorrem em
função do desenvolvimento social e do progresso patriarcal em que foram
submetidas através dos tempos. A produção de alimentos, a busca pelo conforto e
facilidade de aproximação dos povos e dos valores levara a mudanças também das
normas sociais vigentes atualmente.
Desde o período das sociedades agrícolas têm-se papéis definidos para homens e mulheres. Enquanto a mulher era tratada com do lar, marcada por seu papel de procriadora, por que era ela que “paria” e amamentava os filhos, os homens eram tidos como provedores.
Nos tempos pré-capitalistas, o
modelo de família era multigeracional onde todos contribuíam na economia de
produção. O mundo do trabalho e o mundo doméstico eram coincidentes. Mas a mulher foi ficando com uma função de
subordinação, uma cultura que em muitos países ainda resiste. Um poderio
machista patriarcal a tornou incapaz para cargos de chefia ou direção de alguma
coisa. Ao contrário do homem, que era forte e detinha o poder me mando. Assim
surgem as sociedades patriarcais. Assim, a força e sexualidade da mulher foram
sendo anulada. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico,
submissa ao homem.
Incorporada a sociedade patriarcal, surge a
sociedade industrial e o formato família nuclear ─ pai, mãe e filhos ─. No século XIX a consolidação do sistema
capitalista trás inúmeras mudanças. Com a evolução do sistema tecnológico, boa
parte da mão de obra feminina foi transferida para as fábricas. As lutas entre
homens e mulheres trabalhadoras estão presentes em todo o processo da revolução
industrial. A luta contra o sistema capitalista de produção aparecia permeada
pela questão de gênero.
Assim, nasceu à luta das mulheres por melhores condições de trabalho. Um movimento de mulheres reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e o direito de voto. A mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. Cuidar da casa, dos filhos, e também do trabalho fabril. Uma nova luta se iniciou pela remuneração da mulher trabalhadora, que era sempre inferior à do homem. E também vieram lutas por escolas, creches e o direito a maternidade.
Assim, nasceu à luta das mulheres por melhores condições de trabalho. Um movimento de mulheres reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e o direito de voto. A mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. Cuidar da casa, dos filhos, e também do trabalho fabril. Uma nova luta se iniciou pela remuneração da mulher trabalhadora, que era sempre inferior à do homem. E também vieram lutas por escolas, creches e o direito a maternidade.
Historicamente nessa sociedade
capitalista, a mulher era biologicamente mais frágil, e menos capazes, sua
sexualidade era restrita e tida como propriedade do homem. Tudo isso acabou por
provocar uma nova luta por direitos iguais, liberdade de expressão, e contra
toda e qualquer forma de violência e opressão contra as mulheres.
O Feminismo se consolidou como um discurso de caráter intelectual, filosófico e político que busca romper os padrões tradicionais, acabando assim com a opressão sofrida ao longo da história da humanidade pelas mulheres. A mulher aparece nas fábricas, nos hospitais, nas escolas, na agricultura, nas creches, frente de pesca, nos serviços domésticos, enfim, entre 1940 e 1970 a força dos movimentos feministas cresceu e se juntaram a movimentos sindicais no Brasil o que alavancou as bases de sustentação pela igualdade social da mulher. O homem deixou de ser o chefe da família e a mulher passou a ser considerada um ser tão capaz quanto o homem. Estava criada a Primeira Onda Feminista, onde as mulheres lutavam por conquista de direitos políticos. Seguindo a Segunda Onda Feminista que é reconhecida por estar compreendida no período que se estende da década de 1960 até a década de 1980, as feministas estavam preocupadas especialmente com o fim da discriminação e a completa igualdade entre os sexos.
Em 1.962, com a entrada em vigor do Estatuto da Mulher
Casada, a mulher foi liberada do autoritarismo
masculino, que culminou com a promulgação da Constituição Federal de 1.988, que efetiva as conquistas das mulheres
brasileiras.
Faz
meio século que a mulher brasileira deixou de padecer de uma das amarras que
pontuaram a sua trajetória. Fruto do ativismo feminino, essa conquista soa
absurda aos ouvidos das jovens que já nasceram sob a égide da emancipação.
Essas mulheres têm como bandeira a liberdade e a diversidade e se arvoram para
defender o direito das minorias, tudo com um toque de ousadia e irreverência,
próprios de sua faixa etária. E o topless nunca esteve tão no front das
manifestações quanto agora. (REVISTA ISTO É, EDIÇÃO Nº 2464 03.03).
Em 1911 surge
luta pelo direito ao voto marca a primeira onda feminista do mundo e
em 2012 as Ativistas
nuas em frente à Torre Eiffel, em Paris, pelo fim da violência Sexual. Esse é o
neofeminismo.
A Lei Maria da Penha surge no Brasil para garante a proteção das
mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja
física, psicológica, patrimonial ou moral. A lei nº 11.340, de 07 de agosto de
2006, alterou o Código Penal brasileiro, fazendo com que os agressores sejam
presos em flagrante ou que tenham a prisão preventiva decretada, caso cometam
qualquer ato de violência doméstica pré-estabelecido pela lei.
Hoje a mulher pode ser o que ela quiser; empresária, mãe,
esposa, chefe de Estado... Hoje a mulher ainda não tem os mesmos direitos de
fato, mas a luta ainda continua. O combate à violência contra mulher é
incansável. Mas a maior luta é contra ela mesma: mulher com sua sexualidade bem
resolvida, mulher que ama o seu corpo, mulher que se respeita, com certeza será
uma mulher plena, realizada e feliz.
Feliz Dia das Mulheres. Feliz 08 de Março
*Licenciada Esp. Em Biologia e Gestão, escritora, poeta e Membro
da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes,
AICLA.
Itapecuru Mirim, 07 de Março de 2017.
Ressurreição artística das mulheres.
A MÃO DA MULHER
A
mão que abraça é a mesma que da terra cuida
A
mão que ensina é a mesma que protege e luta
A
mão do trabalho diverso, a mão que encanta
É
a mão da mulher que sutil desponta.
A
mão do lar, a mãe das fábricas
Dos
filhos abandonados, e dos amados
A
mãe que fica nove meses a esperançar
Ou,
o filho e o marido da guerra voltar
A
mãe da revolução, mas, que não impediu
A
mão da violência, da força patriarcal
Sob
a mão da bondade, do trabalho fabril
Escondido
num manto de dor covarde, vil.
Mulher
altaneira que pelas mãos levanta
Um
exemplo de luta, um exemplo de altivez
Uma
voz que brava um grito de basta,
─
Mulher: agora é a sua vez.
Homenagem da Professora
Assenção Pessoa
pelo dia Internacional da Mulher.
Itapecuru Mirim, MA. 08
de Março de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário