INVASÃO
DOS HOLANDESES AO MARANHÃO E A HISTÓRIA DE ITAPECURU-MIRIM
Imagem aleatória da cidade
Assim com
os franceses, os holandeses em 1641, ao invadirem o Maranhão, pretendiam
transformá-la numa colônia holandesa.
O Governador Bento Maciel Parente,
juntamente com as tropas portugueses, se renderam diante das forças holandesas.
Após terem dominado a situação em São Luís, trataram de estender seus domínios
ao longo do Rio Itapecuru, reconstruindo o Forte de Rosário e controlando os cinco engenhos de
açúcar ali existentes e construindo mais engenhos. Construíram o Forte de Santa
Cruz, que era uma posição privilegiada, uma vez que não era visto por quem estava
subindo o rio. As ruínas desse forte constituem o monumento histórico da
presença dos holandeses no Maranhão.
Os colonos os
proprietários de engenho, pela exportação, eram obrigados a pagar impostos em
forma de cinco mil arrobas de açúcar e impostos (somínio) ao comandante
holandês, John Cornelles.
Ficou nesta localidade, cerca de 300
holandeses chefiados pelo Capitão Maximiliano Shade, para que se cumprissem os
pagamentos.
Os colonos viviam na
localidade chamada de Arraial, mais tarde chamada de “Feira” (tentando situar
atualmente: seria Localizada à beira da estrada que liga Itapecuru-Mirim ao
povoado Tingidor, próximo ao cemitério dos ciganos.)
Nessa localidade habitavam
as 30 famílias açorianas com seus filhos e agregados, que chegara em 1614.
Também era o local onde se juntavam boiadeiros vindos do sertão para negociar
suas boiadas e apuradas nas fazendas, proporcionando o sustento das lavouras do
campo, bem como os habitantes da povoação.
Situava-se aproximadamente
a 01(Hum) Km do vilarejo de Itapecuru-Mirim, onde teve origem da formação da
cidade.
Após mais ou menos um ano, os portugueses
Antonio Muniz Barreiros Filho e Antonio Teixeira de Melo, aliados com os chefes
indígenas, Joacaba Mitangai e Henrique de Albuquerque, iniciara uma série de
ataques planejados aos holandeses.
Antonio Teixeira, ao chegar à localidade
“Feira”, aliou-se aos colonos que também sofriam na sua honra e liberdade,
sendo roubados. E na calada noite de 20 de setembro de 1642, travou-se uma luta
que resultou na expulsão dos holandeses definitivamente dessa região, com cerca
de 300 mortes de homens degolados.
Em 30 de setembro de
1642, os portugueses, após terem planejado cuidadosamente e expulsão dos
holandeses, que retornaram um por um, aos engenhos da Ribeira do Itapecuru invadidos,
sendo um deles de propriedade de Muniz Barreiro e outro de Teixeira de Melo.
Travou-se então outra batalha, e no dia 28 de fevereiro de 1644, os holandeses
foram definitivamente expulsos daquela região.
Os holandeses foram expulsos do Maranhão, mas a cidade
ficou toda destruída pela guerra.
Após a guerra com os
holandeses, os colonos trataram de reconstruir o vilarejo e os engenhos. No
entanto por circunstância da ocupação holandesa, parte dos plantadores da
cana-de-açúcar preferiu fazer molinetes, que eram pequenos engenhos (engenhocas) para produzir
aguardente e comercializar outros produtos, como grãos e carnes.
Os índios aos poucos
foram se domesticando e se aliando aos brancos. Casavam e construíam famílias.
Muitos trabalhavam na lavoura e no engenho entre outros serviços.
imagem aleatória
Assim Itapecuru-Mirim foi adquirindo forma e jeito de uma pequena vila.
Texto de Assenção Pessoa
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