ARTIGO DE OPINIÃO:
Sentidos e Intenções
Como
é prazeroso dizer que se têm bons amigos, companheiros, pessoas leais ao nosso
lado. Como é confortável sentir a paz e a união no seio familiar, entre amigos
e correligionários. Como é bom ser amigo, leal e companheiro. Como é bom ser um
disseminador da união e da paz.
Mas
o que pensamos ser um bom amigo, leal e companheiro? Que conceito temos de
união e paz?
Não
se deve confundir:
Amizade
com Cumplicidade. Amigo não é aquele que sempre concorda com tudo; aceita os
desmandos e erros do outro; se anula diante da situação do outro e cala-se,
mesmo que não concorde, somente para não ofendê-lo. Verdadeiros amigos são
positivos, aconselha, discorda, e estende a mão ou cede o ombro em causas
reais.
Lealdade
não é sinônimo de apoiar incondicionalmente o erro, os desvios, os vícios, os
excessos, a ignorância. Lealdade é honestidade, é ser correto, sincero, mesmo
que para isso tenha que se discordar de alguém ou de algo. A isso, se chama de
Pacto.
Companheirismo
não é apoiar ou concordar, aceitar ou participar de: desmando quer no campo
pessoal, amoroso ou coletivo; conjecturações fraudulentas, violentas; atos
insanos ou maldosos; críticas destruidoras; comportamentos excessivos. A isso
se chama de Passividade.
União
não quer dizer calar-se diante das diferenças para não ter que desagradar algo
ou alguém, apoiar tudo que o outro quer sem medir a noção de valores e a
consequência dos atos. A isso se chama Omissão.
Paz
não quer dizer fechar os olhos aos problemas e calar-se diante da opressão, do
medo, da insegurança, da violência e do desrespeito. Isso é Acomodação.
Está
apoiando alguém, seja amigo, companheiro, correligionário, ser leal é também
está ao lado de suas convicções mais saudáveis. É salientar atitudes de
discordância, quando necessário. É não pactuar com o que vai de encontro aos
preceitos do bem, de uma vida saudável e de desrespeito ao outro, em qualquer
instância: sentimental (vale para todas as formas de bons sentimentos),
política, religiosa; individual e coletiva.
Está
em união é também dizer “não”; é
lutar por aquilo que acredita, é argumentar um ponto de vista, é negar fazer ou
dizer algo que pode prejudicar ou provocar discórdia entre as pessoas. Está em
união é perceber a fraqueza de comportamento do outro e levantar a bandeira da
reflexão e mudança de atitude, se for o caso.
Assim
como, promover a paz é buscar o equilíbrio entre o justo e o injusto, entre o
honesto e desonesto, entre o respeito e o desrespeito. É não se acovardar
diante dos conflitos. Tudo isso sem promover a violência e o medo como desculpa
para punição ou disciplinação. Promover a paz é ser justo, honesto, fiel.
Esses
argumentos não inviabilizam ou invalidam uma amizade sincera, o companheirismo,
a lealdade que se tem por alguém ou por uma convicção valorosa. Os argumentos
citados não invalidam a união e o desejo de paz entre amigos, amores (todas as
formas de amores), família, correligionários e comunidades.
A
isso se chama “viver melhor”, com
saúde social, mental, espiritual e comportamental. A isso se chama de “verdadeira irmandade” pelo bem
individual e coletivo. E isso vale para serem usados entre os amigos, os
companheiros, os casais, os amores, os políticos, os patrões e empregados.
Seja
um bom amigo para seus amigos, para sua comunidade, para seus familiares
queridos. Companheiro, leal e promotor da união e da paz.
Pense nisso.
Assenção
Pessoa.
Itapecuru
Mirim, 30 de julho de 2016.
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