domingo, 14 de fevereiro de 2021

ÚLTIMA PUBLICAÇÃO DA SÉRIE: ALFREDO MENEZES, O CARA! (A FAMÍLIA)

 

ÚLTIMA PUBLICAÇÃO DESSA SÉRIE

ALFREDO MENEZES, O CARA



UM DEDICAÇÃO ESPECIAL: A FAMÍLIA



   
    Um grupo social primário importante da formação humana. Ligações biológicas, ancestrais, legais, afetivas. Não importa a origem, a formação. A família é sempre aquela que escolhemos ou não, para ser nossa. Cercada de carinho, amizade, respeito, união, cumplicidade. Alfredo significava tudo isso. Por essa razão, essa última publicação da Séria Alfredo Menezes é um convite para conhecê-lo um pouco mais no interior do seu seio familiar. Uma série que representa a passagem de seu aniversário de vida, no último dia 11 de fevereiro de 2021.  

  

 
Conceição de Maria (Concita), uma jovem de fibra, estudou em São Luís, a capital do Estado do Maranhão. Formou-se em Enfermeira por vontade dos pais, mas nunca exerceu a profissão. Voltando para Itapecuru Mirim, Concita conheceu o jovem promissor cearense Alfredo João de Menezes. Trouxe na bagagem as profissões de Marceneiro, Carpinteiro e Músico. Casaram-se e constituíram uma grande família. Dessa união nasceram Maria da Paz Nhazinha, Consuelo, Socorro, Alfredo Filho, Ribamar, Irisdalva e Valda.


  
    Alfredo que sempre teve
ascendência sobre Ribamar, o influenciou em vários comportamentos inclusive, para torcer pelo time do Rio de Janeiro, o Botafogo, e o Sampaio Correa em São Luís. Alfredo, óbvio, escolheu o Vasco da Gama e o Maranhão Atlético Clube. Enquanto seu irmão mais novo tinha um imenso respeito e um carinho de um irmão que é também um pouco pai. Alfredinho também tinha um imenso respeito por Ribamar, tendo um comportamento de irmão-pai para com ele. Então, Alfredinho cuidava, zelava, protegia o irmão, e sempre juntos. A separação só veio quando precisaram ir para a capital estudar. Alfredo foi primeiro. 


    
Mas Alfredo também foi cuidado, protegido por sua irmã Consuelo que era mais velha que ele. Consuelo sempre teve cuidado de mãe com Alfredo. Alfredinho sempre respeitou as irmãs mais velhas, mas Consuelo era a sua segunda mãe, pode-se dizer assim. Essa consideração foi desde criança até sua despedida do meio terreno. Alfredinho ainda costumava pedir a bênção para suas duas irmãs Consuelo e Nhazinha. 

     Sua mãe, Concita sempre foi uma mulher guerreira. Apoiou Alfredinho quando decidiu ir para a capital São Luís, para estudar. Seus Padrinhos Raimundo e Antônia Cardoso o receberam como a um filho. E Alfredinho só aperfeiçoou esse amor e esse respeito pela família. Foram dois exemplos, a família biológica, seus pais e irmãos, e a família que o acolheu, seus padrinhos, dando-lhe a oportunidade de ter novos irmãos, os filhos de Antônia e Raimundo.

   

 
Assim, Alfredo soube cativar sua mãe oferecendo-lhe amor, respeito e gratidão. Sempre demonstrou essa gratidão às duas famílias. E foi assim que Alfredinho mesmo sem ter sido pai biológico, sem ter adotado oficialmente nenhuma criança como filho, ainda assim, Alfredinho foi muito mais que um tio, um padrinho. Alfredinho foi um paizão. Um pai amoroso, preocupado com a formação de seus sobrinhos e afilhados, um pai atencioso. Tanta dedicação era fruto de tudo que tenha recebido de seus padrinhos e de sua mãe.


  
 
1º de janeiro. Dia de São Benedito. É festejo em Itapecuru Mirim. E Alfredinho está lá para acompanhar a procissão, para assistir a missa. Para rever amigos, as irmãs, os sobrinhos e afilhados. Nunca falhou um 1º de janeiro. Chega outubro. Ano de Eleição e Alfredinho está lá em Itapecuru Mirim para exercer sua cidadania. Nunca pediu a transferência de seu título de eleitor para São Luís. Era oportunidade de está com os seus em sua cidade natal. E, Alfredinho era assim, aniversários, casamentos, formaturas, finais de semana, folgas do trabalho e ele estava lá com a família, seja em Itapecuru Mirim, seja em São Luís. 

  

 
Lembro de Alfredinho sempre presenteando os nascidos na família com os presentes do Vasco de Gama, eram redes de dormir, toalhas, camisas. Às vinham acompanhados de uma peça de ouro, uma figa, 
pulseira, coisas do tipo. Nunca deixava passar os Natais sem presentes para toda a família. Eram cortes de tecido, camisas, e outros presentes que eram o jeito dele. Já nos últimos anos eram comuns os brinquedos para os menores, mas ele gostava mesmo era de presentear roupas. 

  

Os aniversários de seu Alfredo Menezes nunca passava despercebido por seus sobrinhos, irmãos, afilhados e amigos. Todos os anos era celebrado com um almoço ou um jantar em família.  

  

Outra missão de Alfredinho era nunca esquecer mandar celebrar as missas para seus entes já falecidos: seus pais, padrinhos, (...) e para sua sobrinha Alana, essa pequenina DOWN que ficou entre nós por 01 ano e 03 meses. Religiosamente, não esquecia um familiar falecido.

Alfredo Menezes era um homem católico, bastante religioso. Era uma preciosidade na família e ele sabia disso. Todos nós sempre demonstramos esse carinho, esse respeito. Tínhamos gratidão. Essa é a palavra: GRATIDÃO.

    Nossos encontros eram sempre carregados de uma paz, alegria, uma felicidade que não sabemos explicar. Esse era o nosso Alfredinho. Um anjo na terra para alentar nossa vida. 


Alguns dos centenas de registros de Alfredinho em família.


Alfredo e sua última afilhada Isadora de 04 anos de idade.



































"As pessoas especiais que partem da nossa vida, nunca nos deixam por completo. E hoje, recordando o aniversário do seu nascimento, lembro como você foi e sempre será importante para todos nós. Ainda guardo no meu coração lindas memórias de tudo que vivemos. As saudades são muitas e crescem cada vez mais, mas também persiste em mim a certeza de que eu jamais esquecerei você". (Concinha, sobrinha)


Assenção Pessoa, professora, escritora.

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